O líder das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), Víctor Suárez Rojas, conhecido como Mono Jojoy, estava em más condições de saúde quando morreu em um bombardeio do Exército colombiano a um acampamento da guerrilha, em setembro de 2010. Na época, Jojoy era o segundo homem na hierarquia das Farc e sofria de um quadro agudo de diabetes.
Segundo relatos da guerrilheira holandesa das Farc Tanja Nijmeijer, em entrevista a um site colombiano, a doença o impedia de fazer grandes deslocamentos pela selva. Ela acrescentou que a última ordem do chefe foi para que seus seguidores evacuassem o local.
“Escutávamos o Mono gritar. Ele continuou vivo após as primeiras bombas. Chamava Quino, seu oficial de serviço, que também morrera naquela madrugada e lhe dizia: 'Quino, remova as pessoas'”, contou a holandesa ao portal confidencialcolombia.com.
Apesar de estar “bastante mal” por conta da enfermidade, “fazia reuniões dos comandos e nos dava orientações”. Ele ainda cantava junto a grupos de músicos no acampamento das Farc.
A respeito do ataque militar no qual Mono Jojoy perdeu a vida, Nijmeijer disse que caíram tantas bombas sobre o acampamento que ela estava “um pouco surda” e tinha o corpo dormente da cintura para cima.
Ela ainda relatou que o grupo ficou abatido após se distanciar do local do bombardeio, pois o líder morto das Farc era “como um pai” para muitos deles.
Após o ataque, as tropas teriam encontraram documentos, fotografias e um vídeo de Nijmeijer, onde ela aparecia vestida com trajes militares, desafiando o Exército e assegurando ter entrado para o Comitê Internacional da guerrilha.
A holandesa, que entrou para a organização em 2001, é procurada pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol, na sigla em inglês) em 188 países. Ela foi acusada em uma corte dos Estados Unidos, junto a outros 17 integrantes das Farc, pelo sequestro de três norte-americanos.
NULL
NULL
NULL