Em anúncio neste sábado (31/12) o ministro da saúde britânico, Andrew Lansley, disse que seu governo avaliará o risco que as próteses mamárias da marca francesa PIP representam para as mulheres do país.
Embora tenha reiterado que “não há provas” de que as próteses sejam danosas à saúde, Lansley declarou que recebeu novas informações que não tinham sido previamente comunicadas à Agência de Regulação de Produtos de Saúde e Remédios (MHRA).
Efe
Só no Reino Unido, estima-se que 40 mil mulheres possuam próteses de silicone da marca Poly Implants Prothéses (PIP). No restante do mundo, o número fica entre 400 e 500 mil mulheres. “Estamos fazendo tudo o que podemos para assegurar que as mulheres com esses implantes recebam a melhor assessoria possível”, disse Lansley.
O ministro ressaltou que, até o momento, as evidências de outras partes do mundo sugerem que as mulheres não deveriam preocupar-se, pois “não houve grandes níveis de problemas anormais”.
O caso
Na última sexta-feira (30/12), vinte francesas portadoras dos implantes mamários da PIP e diagnosticadas com câncer prestaram queixa às instâncias sanitárias do país. Autoridades francesas detectaram que essas próteses foram fabricadas com um gel de silicone diferente do declarado para a obtenção do certificado necessário para comercializá-las na União Europeia.
Conforme noticiou o Opera Mundi, até 16 desses casos apresentam tumores cancerígenos de mama e outros quatro tumores cancerígenos que não afetam os seios, segundo a AFSSAPS, que também contabiliza 1.143 rupturas de implantes e 495 reações inflamatórias. Na França acumulam-se até agora 2.200 denúncias contra a PIP.
A agência britânica MHRA informou que, segundo seus dados, o risco desses implantes romperem-se é de apenas de 1% em lugar dos 3% estimados pelas autoridades francesas.
Na quinta-feira, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil) anunciou que cancelaria o registro das próteses da PIP. O órgão regulador tomou a decisão baseada nos testes de laboratório realizados pelas autoridades sanitárias francesas.
*Com informações da agência Efe
NULL
NULL
NULL