Os Estados Unidos pediram nesta sexta-feira (14/09) para a administração do YouTube rever a licença ao vídeo A Inocência dos Muçulmanos. A produção cinematográfica norte-americana provocou dezenas de protestos ao redor do mundo, deixando pelo menos 14 mortos, incluindo um embaixador e três diplomatas dos EUA.
“A Casa Branca pediu para o YouTube verificar se o filme viola os temos de uso do site”, explicou o porta-voz Tommy Vietor citado pelo jornal britânico Washington Post.
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Autoridades norte-americanas já haviam condenado o conteúdo do vídeo, mas garantiram sua existência sob o direito de liberdade de expressão. “Nós não impedimos cidadãos de expressarem suas visões, não importa o quão desagradável elas sejam”, disse a secretária de estado, Hillary Clinton, nesta quinta-feira (13/09).
O site de vídeos já havia banido o filme para internautas do Egito e da Líbia em um esforço de conter as manifestações que entram em seu quarto dia consecutivo. Apesar disso, a empresa afirmou que A Inocência dos Muçulmanos não violou suas condições de uso do site por não conter discurso de ódio.
“Este vídeo – que está disponível na internet – está dentro das nossas regras e por isso, permanecerá no YouTube”, afirmou o Google citado pelo New York Times. “No entanto, por conta da difícil situação na Líbia e no Egito, nós decidimos restringir temporariamente o acesso nestes países”.
A Casa Branca não tem competência jurídica para exigir o bloqueio do vídeo. A sugestão para que a empresa reveja os critérios de licença do filme opera como um instrumento de pressão política.