O ministro de Comunicação e Informação da Venezuela, Ernesto Villegas, informou na noite desta sexta-feira (11/10) que o presidente do país, Hugo Chávez, está consciente e assimilando o tratamento aplicado contra a insuficiência respiratória causada por uma infecção pulmonar que o acometeu nos últimos dias. O chefe de Estado está em Havana, Cuba, onde se recupera de uma operação realizada em 11 de dezembro para retirar um câncer na região pélvica.
Ainda pela noite, o vice-presidente Nicolás Maduro chegou a Havana para visitar Chávez. Também se encontram na capital cubana os chefes de Estado da Argentina, Cristina Kírchner, e do Peru, Ollanta Humala, que se reuniram com os familiares do presidente e posteriormente se encontrarão com Maduro.
“O presidente está consciente da situação em que se encontra, tem se mantido em comunicação com a equipe de governo e sua família, que está em Cuba”, disse Villegas. O ministro afirmou que o chefe de Estado apresenta uma “extraordinária fortaleza física e espiritual”.
Respondendo a críticas da oposição sobre falta de transparência sobre o estado de saúde do líder, Villegas afirmou que o governo tem informado ao país sobre o tema periodicidade, “incluindo quando temos informações boas ou ruins”. Segundo Villegas, Chávez “é um ser humano que, como qualquer outro paciente tem direito a preservar a informação sobre seu estado de saúde”.
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Segundo Villegas, há setores da oposição venezuelana que “só querem ver a certidão de óbito de Hugo Chávez” e pessoas que querem espalhar a “morbidez” entre a população. “Por outras vias que não o voto, a oposição está buscando seus objetivos”.
Em Havana
Maduro realiza sua segunda visita a Chávez após a operação (a primeira foi realizada em 28 de dezembro). Ao aterrissar no aeroporto internacional José Martí, em Havana, o vice-presidente foi recebido pelo chanceler Bruno Rodríguez.
Cristina Kirchner chegou nesta sexta-feira a Cuba para prestar solidariedade a Chávez, uma visita que coincidiu com uma viagem oficial à ilha do líder peruano Ollanta Humala, que também se mostrou preocupado pela saúde do líder venezuelano.
No dia em que se completa um mês da quarta operação à qual Chávez foi submetido contra um câncer na região pélvica, Cristina desembarcou em Havana para transferir sua “solidariedade e assistência” a quem definiu como “um amigo e um companheiro” que “tanto ajudou a República Argentina quando ninguém a ajudava”.
Telesur
Maduro chega em Havana e é recebido por chanceler cubano
A presidente argentina ficará na ilha até amanhã, quando continuará uma viagem internacional que a levará à Ásia e que terminará no dia 21.
Cristina foi vista em Havana com Fidel Castro e seu irmão, o presidente cubano, Raúl Castro, com os quais almoçou, segundo a própria governante. A presidente argentina também vai se reunir com familiares de Hugo Chávez que o acompanham em Havana desde que, em 10 de dezembro, ele retornou à ilha por causa da reaparição do câncer que lhe foi detectado em junho de 2011 e que o obrigou a passar pela sala de cirurgia quatro vezes em 18 meses.
Em breves palavras a jornalistas no Hotel Nacional de Havana, Cristina Kirchner não revelou se poderá ver pessoalmente o governante venezuelano, a quem trouxe como presente uma Bíblia, conforme disse a presidente argentina no Twitter.
Poucas horas depois da chegada de Cristina, também desembarcou na ilha o presidente do Peru, Ollanta Humala, em viagem oficial para a qual teve que pedir permissão ao Congresso de seu país e em cuja agenda não consta a princípio uma visita a Chávez.
No entanto, Humala comentou no aeroporto da capital cubana que, durante sua estadia na ilha, “obviamente” perguntará sobre a situação de Chávez, a quem desejou uma “rápida recuperação”.
Em Cuba, o governante peruano assinará amanhã vários convênios de colaboração com o governo da ilha em temas como educação, economia, justiça e cooperação técnica.
A viagem de Ollanta Humala a Cuba gerou em seu país críticas de representantes da oposição, que a consideram “inoportuna”.