(*) Atualizado às 15h07
As autoridades da China anunciaram nesta quarta-feira (06/05) uma séria de medidas para tentar diminuir as desigualdades econômicas e reduzir a brecha entre a população rural e urbana e retirar 80 milhões de pessoas da linha de pobreza nos próximos três anos.
Além de amplas reformas tributárias, trabalhistas e demográficas, ele também pretende aumentar em até 40% o valor do salário mínimo.
O governo também vai determinar que as empresas estatais terão de repartir melhor os lucros. Composto por 35 pontos e aprovado pelo Conselho de Estado, órgão do Executivo chinês, o plano propõe aumentar os impostos pagos por empresas estatais, pela população mais rica e taxar investimentos imobiliários. O objetivo é aumentar o salário mínimo e os gastos com educação, saúde e moradia.
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Agora, os benefícios destas empresas serão uma fonte potencial para a Seguridade Social chinesa, que inclui as pensões e a saúde dos 1,3 bilhão de cidadãos do país.
O risco da desigualdade
De acordo com especialistas, a China tem um elevado índice de desigualdade. A diferença social é uma preocupação para o regime chinês, que teme o aumento de levantes populares. A China é o país mais populoso do mundo com mais de 1,3 bilhão de pessoas.
Na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que ocorreu em junho do ano passado, as autoridades advertiram que a população global deverá aumentar para 9 bilhões de pessoas até 2040. A estimativa é que o número de consumidores de classe média aumente em 3 bilhões, nos próximos 20 anos, elevando a demanda por recursos.
Em 2030, pelos dados das Nações Unidas, o mundo vai precisar de pelo menos 50% mais alimentos, 45% mais energia e 30% mais água. A estimativa é que mais de 1 bilhão de pessoas ainda viverão na pobreza. A desigualdade entre ricos e pobres, tanto interna quanto entre países, deve aumentar, segundo especialistas.
*Com informações da BBC Brasil, agência Efe e Agência Brasil