Atualizada às 8h25
Foguetes israelenses atingiram na noite deste sábado (04/05, madrugada de domingo no horário local) um centro de pesquisas do governo sírio, situado nos arredores de Damasco, segundo informou a agência estatal Sana. O local já havia sido alvo de outro ataque de Israel em janeiro.
De acordo com o relato de moradores de Qudseyya, aviões foram vistos em torno do Centro de Pesquisa e Estudos Científicos e de dois depósitos de armas situados nas regiões de Jamaraya e Al Hama, em Rif Damasco, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos. Grupos opositores também confirmaram os ataques.
Agência Efe
Em meio ao conflito civil na Síria, o presidente Assad fez duas aparições públicas nesta semana
Em um boletim urgente, a televisão estatal informou que esta “agressão israelense” foi acompanhada por uma série de “tentativas de assalto aos postos de controle militares”, uma ação que foi respondida pelas forças do regime do presidente sírio, Bashar al Assad, e deixou vários “mortos e feridos” entre os rebeldes.
A agência de notícias Sana, porta-voz das posturas do regime, qualificou o bombardeio israelense como “uma tentativa clara de ajudar aos grupos terroristas armados”, em alusão aos rebeldes que combatem contra o governo de Bashar al Assad.
“A nova agressão israelense demonstra a adesão direta do país à conspiração contra a Síria, além da vinculo dos grupos terroristas armados com os planos agressores apoiados por países ocidentais, regionais e alguns estados do Golfo Pérsico”, acrescentou a agência Sana.
Primeiro ataque
A imprensa dos Estados Unidos noticiou na manhã de sábado que Israel havia feito outro ataque à Síria. O objetivo da operação seria evitar que o governo de Bashar al Assad transferisse armas químicas para o grupo político-militar Hezbollah.
Até o momento, as autoridades israelenses evitaram comentar os ataques, cujas explosões puderam ser ouvidas desde a região de Mount Qassioun, na capital síria. A embaixada israelense em Washington, porém, reiterou que o país “está empenhado em impossibilitar a transferência de armas químicas ou outro tipo de armamento excepcional por parte do regime sírio aos terroristas, sobretudo ao Hezbollah no Líbano”.
Em viagem à Costa Rica, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, falou que as operações deveriam ser negadas ou confirmadas por Israel e que acompanha de perto os planos militares de seu principal aliado no Oriente Médio. “O que eu disse no passado, e eu continuo a acreditar, é que os israelenses justificadamente têm de se proteger contra a transferência de armamento avançado para organizações terroristas como o Hezbollah. Nós coordenamos de forma muito próxima com os israelenses, reconhecendo que eles estão muito perto da Síria, e muito perto do Líbano “, afirmou.
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