O ministro de Defesa da Colômbia, Juan Carlos Pinzón, negou nesta terça-feira (04/06) que o país queira aderir à OTAN (Organização do Tratado do Atlântico do Norte), como o presidente Juan Manuel Santos sinalizou no último final de semana.
“A Colômbia não pode e não quer entrar na OTAN. O que a Colômbia quer é percorrer o caminho para ser um sócio na cooperação [com o grupo], como são hoje Austrália, Nova Zelândia e Japão”, disse Pinzón.
Depois da declaração de Santos, fontes ligadas à OTAN rechaçaram a possibilidade de a Colômbia integrar a organização por não cumprir os “critérios geográficos”. “O discurso do presidente Santos foi para dar sinais às Forças Armadas sobre o futuro. É natural que em qualquer instituição exista incerteza pelo que está por vir”, explicou o ministro da Defesa.
Outros presidentes latino-americanos, como o boliviano Evo Morales, criticaram o desejo colombiano e pediram que a Unasul (União das Nações Sul-Americanas) se reunisse para discutir o assunto. O secretário-geral da entidade, porém, não deve acatar a sugestão de Morales, principalmente depois do recuo de Bogotá. “Não faz sentido seguir debatendo esse assunto se o governo colombiano afirma oficialmente que não existe nenhum ingresso”, declarou Alí Rodríguez Araque.
Encontro com Lula
Em meio à polêmica sobre o ingresso na OTAN, Santos se reuniu hoje com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante evento público, o colombiano quis mostrar ao brasileiro os programas de transferência de renda que desenvolve no país.
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“Quero ser como o presidente Lula. Pela primeira vez nos últimos 2 anos rompemos a lógica da economia crescer gerando mais desigualdade. Os últimos dados mostram que reduzimos as desigualdades, nós e o Equador fomos os que mais reduzimos”, afirmou Santos.
Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Lula, por sua vez, argumentou que os “pobres do mundo não querem favor, querem oportunidades”. “O pobre na hora que tem a dinheiro, educação e oportunidade, deixa de ser problema e passa a ser solução.”