Wikicommons
O governo dos Estados Unidos justificou nesta segunda-feira (05/08) o fato de ter fechado diversas de suas embaixadas em países islâmicos desde ontem (04) dizendo que a ameaça terrorista recebida pelo país foi “significativa” e, por isso, levada “muito a sério”.
Leia mais:
EUA decidem prolongar fechamento de embaixadas no Oriente Médio
Em entrevista coletiva concedida hoje, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, não detalhou se a ameaça se dirigia ao território norte-americano ou não, mas também não afastou essa possibilidade ao dizer que o alerta “emana ou se dirige à Península Arábica, mas potencialmente pode ultrapassar essas fronteiras”. “Não podemos ser mais específicos”, disse.
[Jay Carney, porta-voz do governo norte-americano]
Leia mais:
Após orientações dos EUA, Reino Unido também fecha embaixada no Iêmen
“Enfrentamos uma ameaça em curso da Al Qaeda e seus aliados”, afirmou Carney. Ele negou ainda que o presidente Barack Obama esteja enganando o público, ao afirmar repetidas vezes que a organização terrorista está “no caminho da derrota”.
Leia mais:
Governos latino-americanos são fundamentais para esquerda dos EUA, diz economista
“Não há dúvidas de que o núcleo da Al Qaeda tem diminuído ao longo dos anos”, disse ele, mas também lembrou que “temos dito claramente que a ameaça terrorista continua forte”.
Leia mais:
Com uso de filmadoras no uniforme, casos de abuso policial caem 65% em cidade dos EUA
As informações divulgadas até agora dão conta de uma advertência provavelmente vinculada à AQAP (Al Qaeda na Península Arábica, na sigla em inglês), cuja sede fica no Iêmen, e que foi descoberta através da interceptação feita pelos órgãos de inteligência norte-americanos da comunicação eletrônica entre os dirigentes da organização.
NULL
NULL
Graças a esse alerta, considerado o “mais sério” dos últimos anos por diversos senadores, os EUA mantiveram fechadas 22 de suas embaixadas e consulados no Oriente Médio e no norte da África no domingo (04), dia de trabalho para os muçulmanos.
Além disso, o Departamento de Estado norte-americano anunciou que 19 sedes diplomáticas, entre elas as de Jordânia, Iêmen e Egito, permanecerão fechadas até o próximo sábado (10/08) por precaução, enquanto outras como as do Afeganistão e do Iraque reabriram hoje normalmente.
Carney também negou que o fato de algumas sedes diplomáticas permanecerem fechadas por mais tempo tenha a ver com uma nova ameaça terrorista. Segundo ele, trata-se de uma medida preventiva. “A ameaça é real e temos que estar atentos”, alertou.
A porta-voz adjunta do Departamento de Estado, Marie Harf, também afirmou que os EUA tiveram “um grande êxito contra a Al Qaeda no Afeganistão e no Paquistão”, tendo adotado uma série de medidas para “dizimar” a liderança do grupo, “incluindo o mais importante, Osama bin Laden”.
Entretanto, ela concordou com Carney que o governo norte-americano sempre deixou clara a preocupação com relação às afiliadas da Al Qaeda pelo mundo. “E no topo dessa lista estão os filiados da Al Qaeda na Península Arábica, por isso, vamos manter a vigilância”, insistiu.