A Síria entregou à Rússia “provas” que a oposição Síria realizou ataques com armas químicas por parte da oposição, anunciou nesta quarta-feira (18/09) o vice-ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Riabkov. Além disso, a chancelaria classificou o relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre disparos na periferia de Damasco como “politizado e tendencioso”.
Leia mais:
Missão da ONU não tem condição de definir quem fez ataque químico na Síria, diz perito
O relatório concluiu que foram usadas armas químicas no conflito civil sírio. No entanto, os estudos não apontam uma definição acerca de quem realizou os disparos. Segundo a ONU mais de mil pessoas morreram no final de agosto. EUA, França e outras potenciais ocidentais argumentam que o tipo de arma (gás sarin) e a tecnologia usada provam que as tropas de Assad foram responsáveis pelo ataque.
Agência Efe
Síria entregou a Moscou provas que a responsabilidade dos ataques é dos opositores
Além do próprio governo sírio, a Rússia rebate as acusações. Riabkov denunciou hoje (18) que relatório para ter sido manipulado para direcionar a culpa para um dos lados do conflito que dura há já dois anos e meio. Ele afirma que os inspetores da ONU só verificaram as provas relativas ao ataque do dia 21 de Agosto e descartaram os outros três ataques com armas químicas que aconteceram antes dessa data. O governo sírio, disse, tem provas materiais sobre os disparos anteriores.
Leia também:
Conheça 7 ataques químicos que EUA se negam a comentar
O ministro da Reconciliação Nacional da Síria, Ali Haidar, afirmou no último domingo à agência russa RIA Novosti que Damasco classifica como uma “vitória” o acordo firmado entre Estados Unidos e Rússia, que prevê a entrega e destruição da munição química do país árabe. Segundo ele, isso vai ajudar os sírios a “sair da crise”. “Nós recebemos bem esse acordo. Por um lado, vai ajudar os sírios a sair da crise e, por outro, preveniu a guerra na Síria ao remover o pretexto para aqueles que queriam deflagrá-la”, afirmou Haidar à agência russa.
O ministro creditou o acordo à diplomacia russa. “Essa é uma vitória para a Síria conquistada graças aos nossos amigos russos.” A Rússia apoia o governo de Assad desde o início da crise, há cerca de dois anos.
NULL
NULL