Um mês depois de iniciado o julgamento, a justiça da China condenou Bo Xilai à prisão perpétua neste domingo (22/09). O ex-secretário-geral do Partido Comunista chinês recebeu a sentença por corrupção, peculato e abuso de poder. Além disso, ele foi privado de seus direitos políticos pelo resto da vida.
Bo Xilai era uma figura ascendente no partido até 2011. Porém, viu seu mundo começar a desmoronar em novembro daquele ano, quando o empresário britânico Neil Heywood foi assassinado em um hotel de Chongqinq, cidadã da qual Xilai era prefeito. Em fevereiro de 2012, Wag Lijum, então chefe de polícia da cidade, denunciou que a esposa de Xilai, Gu Kailai, mandara matar o executivo britânico e ainda relatou crimes do casal.
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Assim, em março de 2012, Bo Xilai foi destituído do cargo de prefeito de Chongqinq e expulso do Partido Comunista Chinês. Em julho do ano seguinte, foi aberto um processo contra Bo Xilai, no qual ele era acusado de corrupção, peculato e abuso de poder. Sua condenação neste domingo é parte de um contexto de recrudescimento do combate à corrupção adotada pela China.
Como ficou decidido pelo tribunal, ele foi condenado à prisão perpétua por corrupção, a 15 anos de prisão por desvios de fundos e a outros sete por abuso de poder. Além disso, os juízes determinaram que seus bens devem ser confiscados, nomeadamente uma casa em Cannes, na costa francesa, que Xilai teria obtido de forma ilegal por meio de Heywood. Ele tem dez dias para recorrer, mas não declarou se o fará.
(*) Com Ansa