Os Estados Unidos estão prestes a declarar a paralisação parcial da administração federal, o que, segundo a própria Casa Branca, poderá custar mais de um bilhão de dólares aos cofres públicos norte-americanos. Isso poderá ocorrer caso o Congresso não aprovar o orçamento até a meia-noite desta segunda-feira (30/09).
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O prazo determina o fim do ano fiscal, quando se esgotam os fundos para as atividades não essenciais do governo. Congressistas republicanos e democratas estão longe de chegar a um acordo para evitar a primeira paralisação federal desde janeiro de 1996.
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Entre outras consequências, essa paralisação poderá acarretar no corte de vários funcionários públicos. Sem a alocação de novos créditos, as agências federais terão de colocar sob licença não remunerada mais de 800.000 funcionários não essenciais, reduzindo ao mínimo necessário o efetivo das administrações – o que o presidente Barack Obama chamou de “auto-mutilação” em seu discurso semanal no sábado (28).
Tudo porque, no domingo (29/09), a Câmara dos Representantes, de maioria republicana, aprovou projeto orçamentário que prorroga fundos para a administração até 15 de dezembro, mas ao mesmo tempo exige um atraso na implementação da reforma da saúde, exigência que a Casa Branca e os democratas consideram inaceitável.
A maioria democrata no Senado retoma suas tarefas às 18h (15h no horário de Brasília) e deve rejeitar o projeto de orçamento aprovado pela Câmara. As negociações voltam ao ponto de partida, a poucas horas do início do ano fiscal de 2014.
O líder da maioria democrata na casa, Harry Reid, já antecipou que não permitirá um apoio à proposta aprovada no domingo. “Nós sabemos o que vai acontecer. (Segunda-feira) o Senado se reunirá em sessão. E a posição da Câmara (…) será rejeitada, e vamos enfrentar a perspectiva da paralisação do funcionamento do governo à meia-noite”, declarou o senador democrata Richard Durbin à CBS.
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O que se espera para hoje é que o Senado aprove uma proposta da Câmara baixa que garantiria o pagamento dos militares caso algumas atividades se paralise temporariamente.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, frisou que não permitirá que os republicanos usem a reforma da saúde, uma das maiores conquistas de seu mandato, como chantagem para autorizar a liberação dos fundos que a administração precisa para seguir funcionando.
Obama terá nesta tarde uma reunião com os membros de seu gabinete na Casa Branca para analisar os últimos eventos do debate orçamentário e que medidas tomar perante a possível paralisia de algumas atividades do governo.
Segundo uma pesquisa da emissora CNN divulgada hoje, 46% dos norte-americanos culparia os republicanos do Congresso em caso de fechamento do governo, enquanto 36% consideraria Obama o responsável. Já 13% responsabilizaria os dois lados.
Além disso, seis a cada 10 entrevistados acham que uma paralisação das atividades da administração prejudicará o país.
(*) com agências de notícias internacionais