Terça-feira, 10 de junho de 2025
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As enchentes sem precedentes no estado do Rio Grande do Sul são assunto no site do jornal Le Monde desta segunda-feira (06/05). A publicação destaca que apesar da polarização política brasileira há uma grande comoção nacional pela tragédia e bom entendimento entre o governador gaúcho, Eduardo Leite, do PSDB, descrito pelo jornal francês como de direita, e o governo federal, representado pelo presidente de esquerda Lula, do PT.

O Le Monde afirma que o “Brasil está prestes a se tornar um dos países mais atingidos por desastres naturais ligados às mudanças climáticas”. A repercussão do tradicional jornal francês acontece no dia seguinte ao reconhecimento do estado de calamidade em mais de 330 municípios na noite do domingo (05/05) e da confirmação de pelo menos 78 mortes, pela Defesa Civil, na tragédia climática, que ocorre após ondas de calor recorde no Rio de Janeiro e em São Paulo, uma seca histórica na Amazônia e incêndios de grande escala no Pantanal.

A publicação enfatiza que o estado do Rio Grande do Sul é um dos mais prósperos do Brasil e enumera que dois terços das cidades da região foram afetadas pela elevação das águas. E enfatiza ainda que a situação da cidade de Porto Alegre é “particularmente impressionante”, detalhando imagens de seu centro histórico submerso pelas águas barrentas do rio Guaíba, que subiu 5,3 metros acima de seu nível normal.

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Eduardo Leite/Twitter
Defesa civil confirmou pelo menos 78 mortes pelas cheias no Rio Grande do Sul
Comoção nacional apesar da polarização política

A reportagem do Le Monde também salientou a polarização política brasileira. A reportagem contém falas do governador gaúcho e líder do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Eduardo Leite, nas quais ele se refere ao “pior desastre climático” na história de sua região, comparado a uma “situação de guerra”, e pedindo um “Plano Marshall” para o Rio Grande do Sul.

Apelo que, segundo o jornal, foi atendido pelo presidente de esquerda brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, em visita à região no domingo, apesar das diferenças no espectro político.

O jornal aponta que independentemente da polarização política intensa entre a população do país, os brasileiros como um todo se comovem com o evento trágico e já movimentam uma grande quantidade de doações para as vítimas no sul “Em um Brasil altamente polarizado, o evento também proporcionou uma rara oportunidade de união política”, sublinha o texto.