Quinta-feira, 10 de julho de 2025
APOIE
Menu

A Universidade de Columbia, em Nova Iorque, epicentro das manifestações pró-Palestina nas faculdades dos Estados Unidos, anunciou nesta segunda-feira (06/05) o cancelamento da cerimônia de formatura, que estava marcada para a próxima semana.

Por meio de um comunicado que não menciona se a decisão está diretamente ligada às mobilizações estudantis contra o financiamento da universidade em entidades sionistas e pela paz em Gaza, a faculdade anunciou que pequenos eventos de celebração para cada escola substituirão a cerimônia marcada para 15 de maio, que envolvia toda a universidade.

A Universidade de Columbia não referiu-se às mobilizações estudantis, prisões ou repressões de alunos, apenas declarou que “as últimas semanas foram incrivelmente difíceis para nossa comunidade”.

Receba em primeira mão as notícias e análises de Opera Mundi no seu WhatsApp!
Inscreva-se

Os eventos também foram transferidos do gramado sul do campus Morningside de Columbia, onde estavam os manifestantes antes de serem reprimidos pela polícia de Nova Iorque a pedido da reitoria, para outros locais.

maryam alwan/Twitter
Movimento estudantil pró-Palestina eclodiu nos EUA em 18 de Abril e foi reprimido pela reitoria e polícia de Nova Iorque

“Nossos alunos enfatizaram que essas celebrações escolares em menor escala são mais significativas para eles e suas famílias. Eles estão ansiosos para cruzar o palco sob aplausos e orgulho de suas família e ouvir os palestrantes convidados de sua escola”, argumentou a universidade para justificar a substituição do grande evento por celebrações menores.

Por fim, a faculdade nova iorquina ainda declarou considerar “a possibilidade de um evento festivo no dia 15 de maio para substituir a grande cerimônia”.

O movimento estudantil pró-Palestina eclodiu nos EUA em 18 de Abril, quando estudantes que rejeitavam a agressão israelense em Gaza iniciaram uma manifestação no campus da Universidade de Columbia, em Nova Iorque, exigindo que a sua administração terminasse a sua cooperação acadêmica com universidades israelense e retirasse os seus investimentos em empresas que apoiam a ocupação.

Posteriormente, o movimento estudantil em apoio à Palestina expandiu-se para outras universidades norte-americanas e em países como França, Reino Unido, Alemanha, Canadá, Suíça, Índia e Austrália.

(*) Com TeleSUR