Segundo anúncio preliminar da Corte Eleitoral do Panamá na noite deste domingo (05/05), o candidato conservador José Mulino, do partido Realizando Metas (RM), é o presidente eleito do pleito presidencial realizado no país centro-americano neste final de semana. Apesar da declaração do Tribunal Eleitoral, ainda é aguardado o comunicado oficial do Conselho Fiscal do país.
¡Ganamos, carajo! Misión cumplida Gracias, Panamá 🇵🇦 pic.twitter.com/aMKhGs8FyJ
— José Raúl Mulino (@JoseRaulMulino) May 6, 2024
O anúncio foi feito pelo presidente do Tribunal Eleitoral do Panamá, Alfredo Juncá, mediante a acumulação de 34% dos votos com 85% das mesas eleitorais contabilizadas, que começaram a ser apuradas a partir das 16h30 locais (18h30 no horário de Brasília).
Mulino foi declarado o candidato do RM às pressas na última sexta-feira (03/05), em substituição do ex-presidente Ricardo Martinelli, que teve sua candidatura inabilitada após condenação por lavagem de dinheiro.
O primeiro candidato a reconhecer a derrota foi José Gabriel Carrizo, do partido governista. O político afirmou que o presidente eleito, seja ele quem for, tem “a grande responsabilidade e o desafio de unir todos os panamenhos”.
Outros dois candidatos fizeram o mesmo, o ex-presidente e candidato reincidente, Martín Torrijos, e o ex-ministro de Assuntos do Canal do Panamá, Rómulo Roux, reconheceram a derrota e felicitaram Mulino.
Por último, o candidato de centro-direita Ricardo Lombana dirigiu-se aos seus apoiadores para proclamar que, a partir da vitória de Mulino, se tornaria a principal força da oposição e a segunda força política do país.
“Perseguição política acabou”
Em seu primeiro discurso como presidente eleito do país, Mulino declarou o fim da “perseguição política, da manipulação do Ministério Público e de juízes e magistrados”, fazendo referência ao que identifica como perseguição política sofrida por Ricardo Martinelli, condenado a 10 anos por lavagem de dinheiro e refugiado na embaixada da Nicarágua no país desde fevereiro passado.
“Um abraço Ricardo [Martinelli], onde você está. Como eu disse, a perseguição política neste país acabou, o país está cansado de brigas políticas que não nos levaram a nada de bom”, declarou Mulino.
O candidato eleito ainda discursou que em sua administração buscará consenso político e promoverá “um governo empresarial pró-privado”, mas sem esquecer de atender às necessidades da população de baixa renda.
(*) Com TeleSUR