O Ministério da Justiça da Arábia Saudita outorgou pela primeira vez licença para quatro advogadas exercerem a profissão, informa nesta segunda-feira (07/10) o jornal estatal “Okaz”.
Em declarações ao veículo, uma das advogadas, Bayan Zahran, explicou que, com a autorização governamental, poderão se registrar no Sindicato dos Advogados e terão direito a representar clientes nos tribunais e abrir seus próprios escritórios. Uma fonte do Ministério da Justiça ressaltou em declarações ao jornal que, com essa medida, as mulheres poderão trabalhar em todos os tipos de casos judiciais.
Para facilitar o trabalho, os tribunais aplicarão um sistema para identificar as advogadas mediante suas impressões digitais, a fim de que não precisem retirar o “niqab” (véu que cobre todo o rosto, menos os olhos) cada vez que forem a uma audiência.
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Até hoje, as mulheres só poderiam trabalhar como consultoras legais e não podiam representar clientes. Em abril, as autoridades permitiram a uma advogada assistir a sessões de julgamentos.
A Arábia Saudita é governada por uma monarquia com poderes absolutos e nela rege uma estrita interpretação da sharia (lei islâmica), que impõe a segregação de sexos em espaços públicos.
As mulheres não podem nem dirigir, nem viajar para o exterior, sem um homem da família, entre muitas outras restrições.