Os Estados Unidos assumirão a responsabilidade pela destruição das substâncias químicas mais perigosas do arsenal sírio, processo que será realizado a bordo de uma embarcação, anunciou neste sábado (30/11) a Opaq (Organização para a Proibição das Armas Químicas).
As substâncias devem sair da Síria antes do fim deste ano e serem eliminadas até março de 2014, de acordo com o plano acertado entre os membros da organização com sede em Haia (Holanda).
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A Opaq explicou por meio de um comunicado que os Estados Unidos “ofereceram a tecnologia de destruição, total apoio operacional e financiamento para neutralizar as substâncias químicas prioritárias da Síria”.
“As operações de destruição serão realizadas no mar a bordo de um navio norte-americano utilizando hidrólise. Atualmente uma embarcação da marinha está sendo modificada para as operações e para receber as atividades de verificação por parte da Opaq”, afirmou a organização. O restante dos produtos químicos acumulados pelo governo de Bashar al Assad serão eliminados posteriormente por empresas privadas.
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A Opaq explicou que até 35 companhias demonstraram interesse no projeto e agora serão avaliadas para definir quais assumirão as tarefas, que incluem a neutralização de substâncias químicas de uso comum na indústria. “As companhias que desejam participar do processo de eliminação deverão cumprir com todas as regulações internacionais e nacionais aplicáveis em relação à segurança e meio ambiente”, explicou a Opaq.
A organização, que criou um fundo para financiar o processo, estimulou os países-membros a contribuírem economicamente. “Antes de iniciar qualquer processo devemos estar seguros que teremos fundos suficientes para enfrentar os custos da destruição”, afirmou o diretor-geral da Opaq, Ahmet Umzucu.
A oferta dos Estados Unidos de assumir a destruição das armas consideradas prioritárias chega depois que vários países rejeitaram eliminá-las em seu território, entre eles a Albânia, que se opôs na última hora diante dos protestos da população.
A destruição do arsenal químico faz parte do plano negociado por Washington e Moscou, que Damasco aceitou para evitar um ataque internacional contra o país.
(*) com Agência Efe