Cercada de polêmica, a eleição presidencial em Honduras foi o principal destaque nesta semana em Opera Mundi, com uma coletânea especial de matérias.
O resultado do processo eleitoral que elegeu Juan Orlando Hernández, do Partido Nacionalista, não foi reconhecido por Xiomara Castro e seu partido, o Libre. No entanto, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de Honduras decretou, mesmo antes do fim da contagem, a vitória de Hernández como “irreversível”. O movimento estudantil também se opôs ao TSE e foi às ruas exigindo a recontagem dos votos. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou os EUA de ingerência no processo.
No entanto, nesta sexta-feira (29/11), um observador da UE corroborou as suspeitas da oposição, afirmando que o resultado final foi adulterado. Para o dirigente político progressista Carlos Reyes, Honduras está em um contexto de ofensiva neoliberal em toda América Latina, cujo objetivo é a volta da Alca (Aliança de Livre Comércio das Américas). Veja a charge de Carlos Latuff.
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Outro país que recebeu destaque especial foi a Grécia. A permanência do país na zona Euro foi tema dos Duelos de Opinião. A favor está o professor John N. Kallianiotis, que defende a volta do dracma, a renúncia do governo de coalizão e a adoção de políticas nacionalistas. Já o professor de economia do Insper, Roberto Damas Dumas, é contra, pois considera que, se isso ocorrer, as consequências poderiam ser uma corrida a bancos, calote da dívida e incerteza sobre futuro de outras nações. No entanto, o país está de fato utilizando-se até de moedas alternativas para aquecer o alternativo “comércio de solidariedade”. Por sua vez, a OMS (Organização Mundial de Saúde) divulgou que os casos de HIV na Grécia aumentaram em 52% nos últimos anos.
A Aula Pública Opera Mundi desta semana contou com o professor e historiador da Unesp, Luiz Ayerbe, que respondeu a seguinte pergunta: “A integração latino-americana é benéfica ao Brasil?”. Conheça também oito fatos marcantes sobre esse tema.