A delegação das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) que participa das negociações de paz em Havana afirmou neste domingo (08/12) que o atentado de sábado (07) em uma cidade no sudeste do país, no qual morreram nove pessoas, foi uma “ação armada” que faz parte do conflito no país sul-americano. A polícia atribui o fato à guerrilha.
Agência Efe
Moradores de Inzá fizeram vigilília para lembrar mortos em atentado do sábado
“Este fato é uma ação que faz parte do confronto que ocorre em nosso país”, disse à imprensa o negociador das Farc, Andrés Paris, que lembrou que o objetivo dos diálogos de paz com o governo é pôr fim a esse confronto.
Paris, codinome de Jesús Emilio Carvajalino, definiu o atentado como “uma ação armada que podemos tipificar dentro de um ataque a uma fortificação militar-policial” localizada no centro de uma cidade, algo proibido pelo direito internacional humanitário, segundo a guerrilha.
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De acordo com ele, a população civil é usada como “escudo” e a polícia da Colômbia é “militarizada e um elo importantíssimo do desenvolvimento da guerra contra-insurgente”.
Cinco militares, um policial e três civis, segundo o governo do presidente Juan Manuel Santos, morreram no sábado em um ataque com explosivos contra o quartel policial de Inzá, no departamento de Cauca. Santos classificou o atentado como “irracional”.
Paris fez estas declarações antes de uma nova sessão dos diálogos de paz com o governo, a última do 17º ciclo dessas conversas e no qual foram iniciados os debates sobre as drogas ilícitas e o narcotráfico.
(*) Com Efe