Kim Kyong-hui, tia do líder norte-coreano, Kim Jong-un, integrará o comitê do funeral de um veterano membro do partido único, o que indica que conseguiu manter seu status dentro do governo local apesar da execução de seu marido, Jang Song-thaek.
Segundo informou neste domingo a agência estatal KCNA, a influente Kim Kyong-hui será uma das integrantes do comitê organizador dos funeral de Estado de Kim Kuk Thae, membro da direção do Partido dos Trabalhadores, que morreu na sexta-feira aos 89 anos.
Além disso, o comitê estará integrado pelo poderoso Kim Yong-nam, presidente da Assembleia Suprema do Povo; o premiê Pak Pong-ju, e o vice-premiê Ro Tu-chol, que alguns rumores apontavam que também tinha sido também objeto do expurgo.
A situação e paradeiro da irmã do pai de Kim Jong-un eram uma incógnita desde que os meios norte-coreanos anunciaram na sexta passada a execução de seu marido, acusado de trair e tentar derrubar o governo, entre outros delitos. No entanto, as imagens divulgadas este fim de semana pelo canal estatal KCTV começaram a afastar os temores de que a filha do fundador da Coreia do Norte fosse sofrer o mesmo destino que seu marido, considerado mentor do líder Kim Jong-un.
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Até sua queda em desgraça, Jang ostentava vários cargos no Partido dos Trabalhadores, entre eles o de vice-presidente da poderosa Comissão Nacional de Defesa. Jang era considerado também uma figura-chave no processo de consolidação no poder de seu sobrinho, o “líder supremo”, desde a morte de seu pai, Kim Jong-il, em dezembro de 2011.
Jang Song-thaek e a tia do atual líder se conheceram na Universidade Kim Il-sung, a mais prestigiada do país. Embora o fundador e então líder da Coreia do Norte, Kim Il-sung, tenha se oposto em um princípio à relação de Jang com sua filha, finalmente os dois se casaram em 1971.