Como consequência da crise econômica mundial, os imigrantes passaram a receber um tratamento cada vez pior dos países nos quais estão instalados. Até mesmo aqueles que têm direito legal de permanecer em um território estão sofrendo com as medidas adotadas por diferentes governos.
É o que tem acontecido na Bélgica com cidadãos de outros países da União Europeia. Em 2013, as autoridades belgas expediram a ordem de saída de 4.812 pessoas nascidas em outros membros do bloco, de acordo com o jornal espanhol El País. Um ano antes, esse número era de 1.918, o que representou um aumento de 150%.
A justificativa usada pelo Departamento de Estrangeiros do governo belga na maioria dos casos é que essas pessoas representavam “uma carga excessiva” ao sistema social local.
Wikicommons
Conhecida por abrigar imigrantes, Bélgica adotou comportamento diferente em 2013
No caso dos cidadãos europeus, que têm o direito de permanecer em território belga, a ordem de saída não é executada à força. No entanto, os órgãos do governo acabam impossibilitando a permanência de muitas maneiras, como ao não disponibilizarem os documentos necessários para o aluguel de uma moradia.
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De acordo com uma porta-voz do governo local, esses imigrantes são obrigados a viver na clandestinidade ou retornar a seus países. Eles não ficam, porém, proibidos de voltar à Bélgica quando quiserem. As pessoas que não são originárias da Europa recebem tratamento diferente e muitas vezes são deportadas.
Segundo as leis da União Europeia, todos os cidadãos podem ficar por três meses em outros países do bloco. Após esse período, devem mostrar que estão trabalhando, estudando ou que têm condições financeiras de se financiar.