Dezenas de milhares de manifestantes contrários ao governo bloquearam nesta segunda-feira (13/01) diversas avenidas em Bancoc pedindo a renúncia da primeira-ministra, Yingluck Shinawatra, e o adiamento das eleições de fevereiro.
Desde ontem à noite pessoas começaram a levantar barricadas e montar barracas em pontos movimentados do centro da capital, como parte da campanha “Fecha Bancoc”.
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“Fora Yingluck!”, gritavam os manifestantes com bandeiras, munhequeiras, faixas e até óculos com as cores da insígnia tailandesa. Os assobios se transformaram no símbolo ruidoso da multidão.
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Mais de 30 mil simpatizantes do movimento opositor se reuniram em torno de Asok, Ratchaprasong e do monumento à Vitória, paralisando importantes avenidas na capital, uma metrópole de dez milhões de habitantes. Em alguns dos lugares bloqueados, os manifestantes permitiram a circulação de forma limitada e grande parte dos shoppings abriu, mas a maior parte das escolas ficou fechada.
Agência Efe
Máscaras semelhantes às usadas no Brasil foram vistas hoje na capital da Tailândia
O líder dos protestos, Suthep Taughsuban, exige a renúncia de todo o gabinete de Yingluck Shinawatra e sua substituição por um conselho não eleito que reforme o sistema político, que considera corrupto, antes de serem convocadas eleições.
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Suthep descartou qualquer negociação com o governo e expressou sua confiança na vitória da “revolução popular” para erradicar o que chama o “regime de Thaksin”, em referência ao ex- primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, irmão de Yingluck.
Desde o golpe de Estado de 2006 contra Thaksin, que vive no exílio de Dubai, onde evita uma condenação por corrupção, a Tailândia sofre uma profunda crise política pelo enfrentamento entre opositores e simpatizantes do ex-mandatário.
Embora os protestos hoje tenham acontecido de maneira pacífica e inclusive com um clima festivo, oito pessoas morreram desde que Suthep passou a liderar o movimento de oposição e estimulou a ocupação de ministérios, em novembro.
(*) com Agência Efe