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A Ucrânia deixou claro neste sábado (05/04) que não pagará o preço de quase US$ 500 por mil metros cúbicos do gás russo, anunciado nesta semana pela estatal Gazprom. Além disso, o país ameaçou levar a Rússia ao tribunal de arbitragem, numa disputa que poderia por em perigo as entregas de gás para a Europa ocidental.
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“A pressão política não servirá, não aceitamos o preço de US$ 500”, disse hoje o primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, ao abrir uma sessão parlamentar. Yatseniuk acrescentou que Kiev está disposta a pagar US$ 268 por mil metros cúbicos do hidrocarboneto, tarifa concedida por Moscou ao antigo governo de Viktor Yanukovich.
[Segundo premiê russo, Dmitri Medvedev, alta dos preços é referente a uma tarifa de exportação não cobrada em 2010]
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“Este preço [US$ 268] é aceitável e sopesado, é de mercado. Estamos dispostos a saldar todas as contas por conceito das provisões anteriores e esperamos a resposta da Gazprom”, completou o chefe do gabinete. Ele acrescentou, entretanto, que os ucranianos deve estar prontos para a possibilidade de que “a Rússia limite ou interrompa as entregas de gás para a Ucrânia”.
Yatseniuk afirmou que a Ucrânia poderá realizar importações de reversão do hidrocarboneto russo em nível de 20 bilhões milhões de metros cúbicos anuais, através de Eslováquia, Polônia e Hungria, o que, segundo o chefe do Legislativo, permitiria economizar de US$ 100 a US$ 150 de cada mil metros cúbicos.
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O ministro de Energia da Ucrânia, Yuriy Prodan, afirmou que Kiev está pronta para levar a Gazprom ao Tribunal de Arbitragem de Estocolmo se Moscou se recusar a negociar um preço mais baixo. “Eu disse firmemente que vamos tentar chegar a um acordo. Mas, se falharmos, vamos ao Tribunal de Arbitragem, como o contrato atual nos permite fazer”, declarou. “Ainda há tempo para chegar a um acordo com a Rússia”.
A Gazprom anunciou na última quinta-feira (03) uma alta adicional do preço do gás para a Ucrânia, que terá que pagar a partir de agora US$ 485,5 por cada mil metros cúbicos do gás russo. Anteriormente, a companhia já tinha anunciado um aumento na tarifa de mais de 40%, até US$ 385, para o país vizinho a partir do segundo trimestre deste ano por falta de pagamentos.
“O rebaixamento de dezembro já não pode ser aplicado devido ao descumprimento pela parte ucraniana do pagamento das dívidas em conceito das provisões do gás de 2013, e por falta do pagamento de 100% das provisões correntes”, detalhou a empresa.
Punições
A chanceler alemã, Angela Merkel, reiterou hoje sua advertência ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, de ditar novas punições contra o páis caso haja uma intensificação no conflito da Ucrânia.
“Não se deixe enganar. Acima de nossas diferenças, a Europa dará uma resposta única”, afirmou a chanceler em reunião da CDU (União Democrata-Cristã), presidida por ela e que está centrada no programa eleitoral para as próximas eleições europeias.
(*) Com Agência Efe