Terminou sem acordo uma reunião realizada nesta quarta-feira (21/05) entre o Exército e as principais lideranças políticas da Tailândia para tentar pôr fim à crise no país. Participaram do encontro na capital Bangoc o chefe militar, Prayuth Chan-Ocha, além de representantes dos partidos governista e opositor, da Comissão Eleitoral e do Senado. Nova reunião deve acontecer amanhã (22) no Clube do Exército.
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Agência Efe
Chefe do Exército decretou ontem (20) lei marcial no país, embora negue que haja “golpe de Estado”
“O chefe do Exército pediu que voltássemos para casa para pensar nas coisas que discutimos com o objetivo de encontrar uma solução para o país”, disse à Reuters o secretário-geral do órgão eleitoral, Puchong Nutrawong.
Ontem, o Exército havia decretado lei marcial no país em função dos protestos, que já deixaram pelo menos 28 mortos e mais de 800 feridos. As Forças Armadas, entretanto, negaram que o movimento seja um “golpe de Estado”, mas sim para garantir “a paz e a ordem”. Após a medida, o premiê interino da Tailândia, Niwattumrong Boonsongpaisan, pediu que a Constituição seja respeitada.
Composição do grupo
Os antigovernamentais participaram com uma equipe de quatro pessoas dirigidas por seu líder, Suthep Thaugsuban, vice-primeiro-ministro do Partido Democrata entre 2008 e 2011.
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Os pró-governo, agrupados na “Frente Unida para a Democracia e contra a Ditadura”, também conhecidos como os “camisas vermelhas”, enviaram seu chefe, Jatuporn Promphan, e mais quatro dirigentes.
Agência Efe
Reunião, que terminou sem acordos, foi convocada pelo Exército para forçar diálogo sobre crise política na Tailândia
O partido governante Puea Thai (Dos tailandeses) foi com cinco políticos, e o opositor Partido Democrata se apresentou com um número igual, liderado pelo ex-primeiro-ministro Abhisit Vejjajiva.
Completaram a convocação os presidentes da Comissão Eleitoral, Supachai Somcharoen, e o Senado, Surachai Liangboonlertchai.
Um forte esquema de segurança protegeu o recinto das conversas que foram realizadas a portas fechadas.
(*) Com informações da Agência Efe