Apesar de rejeitada pelo presidente norte-americano, Barack Obama, a aplicação de sanções a funcionários do governo venezuelano supostamente envolvidos em casos de repressão contra manifestantes no país está sendo impulsionada pessoalmente pelo senador da Flórida Marco Rubio.
Agência Efe
Obama tenta frear o avanço de tais sanções; para ele, é necessário esperar para ver se o diálogo na Venezuela rende frutos
A intenção de Rubio é aprovar a medida rapidamente por meio do mecanismo conhecido como “hotline”, ou “consentimento unânime”, por meio do qual, após uma consulta informal entre os senadores do país, caso não haja oposição, uma medida pode ser aprovada por unanimidade e sem emendas. Nesta quinta-feira (26/06), o senador pediu que seus colegas aprovem o projeto quando voltarem do recesso, em 7 de julho.
O procedimento está sendo inviabilizado pelo senador republicano Bob Corker. Em março, ele já havia se oposto à proposta quando votou no Comitê de Relações Exteriores. “Este é um tema com o qual virtualmente todos os membros do Senado, com a exceção de um ou dois, neste momento parece que somente um, estão de acordo”, criticou Rubio.
Diálogo
Para a administração Obama, “não é momento” de impor nenhum tipo de sanção contra funcionários do governo, vide o diálogo existente entre o governo venezuelano e a oposição. A Casa Branca afirmou também que não precisa de novas leis, caso seja necessário.
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O tema voltou à agenda dias após o anúncio de que uma organização de venezuelanos residentes na Flórida e favoráveis às sanções, pretende realizar uma manifestação no dia 11 de julho em frente ao escritório do democrata Harry Reid, que exerce a presidência do Senado.
O pleno da Câmara de Representantes já aprovou um projeto similar. Caso a medida avance também no Senado, a lei final será enviada ao escritório do presidente, que terá que decidir entre rubricá-la, ou vetá-la.
Agência Efe
Manifestação realizada na terça-feira (24/06) pediu a libertação das pessoas detidas nos protestos no país
Punição
A resolução pede que Obama congele os vistos e os ativos que pessoas supostamente envolvidas com a repressão na Venezuela. De acordo com o jornal El Nuevo Herald, pessoas familiarizadas com o projeto disseram que as sanções poderiam afetar entre 100 e 200 pessoas.
Entre os que poderiam ser punidos estariam funcionários e oficiais envolvidos “diretamente na repressão” na Venezuela, entre eles o ex-chefe da Direção de Inteligência Militar, Hugo Carvajal e o atual, Iván Hernández Dala.
Também estão na lista o ministro de Relações Interiores, Miguel Rodríguez Torres, a fiscal Luisa Ortega Díaz e os governadores Francisco Rangel Gómez, Alexis Ramírez, José Gregorio Vielma Mora e Henry Rangel Silva.