O governo da Hungria anunciou nesta terça-feira (15/09) a intenção de construir uma nova cerca na fronteira – desta vez, na que divide com a Romênia, a leste. Na segunda (14/09), Budapeste já havia concluído um novo muro de três metros de altura na região de divisa com a Sérvia, por onde entra a maior parte dos refugiados que têm como destino a Europa.
Segundo o ministro de Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, a nova cerca deve começar na tríplice fronteira com a Sérvia e a Romênia e seguir por uma distância que ele chamou de “sensata”. Os dois países dividem uma fronteira de pouco mais de 440 km. Diferentemente dos sérvios, os romenos fazem parte da União Europeia.
Agência Efe
Em foto de 13.set, refugiados atravessam pelos trilhos fronteira servo-húngara já cercada; barreira semelhante deve surgir na divisa com Romênia
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A barreira que já existe hoje na divisa com o território sérvio tem 175 km de extensão e três metros. Além disso, como outra medida para evitar a entrada de refugiados, entrou em vigor nesta terça uma nova lei que endurece as punições para quem ingressar sem autorização na Hungria. Nas palavras do porta-voz do governo húngaro, Zoltan Kovacs, isso inicia uma “nova era” para o país. “Nós vamos parar com o fluxo de imigrantes ilegais na nossa fronteira”, afirmou.
A nova série de leis restritivas do governo húngaro em relação à onda de refugiados que atravessam o país vai contra uma série de tratativas do direito internacional. Segundo a Declaração dos Direitos do Homem, todas as pessoas têm direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal e toda a pessoa sujeita a perseguição tem o direito de procurar e de beneficiar de asilo em outros países.