No poder desde 1994, o atual chefe de Estado de Belarus, Aleksandr Lukashenko, venceu as eleições presidenciais realizadas no domingo (11/10) no país com 83,49% dos votos, segundo dados oficiais divulgados nesta segunda-feira (12/10).
EFE
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Para a OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação da Europa), o resultado 'decepciona' e a democracia deixa a desejar, já que a nação impede o acesso de observadores internacionais no processo de apuração.
“Belarus ainda tem um longo caminho a percorrer para cumprir com suas obrigações democráticas”, afirmou Kent Harstedt, coordenador especial da missão de observadores da OSCE, em entrevista a jornalistas em Minsk.
No pleito que contou com quase 7 milhões de eleitores, a ativista opositora Tatiana Korotkevich ficou em segundo lugar, com 4,42% dos votos. À Agência Efe, ela afirmou que entrará com recurso contra o resultado das eleições.
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“Está claro que eu não recebi só 4,42% dos votos”, disse Korotkevich por telefone. “Segundo nossos observadores, obtive entre 20% e 30% dos votos”, acrescentou.
“Houve muitas irregularidades e infrações durante a jornada eleitoral. Os próprios observadores ocidentais disseram. Estão decepcionados com a falta de avanços democráticos. Já não há presos políticos, mas nada mudou”, comentou a bielorrussa.
Atrás de Korotkevich e em terceiro lugar na votação esteve o líder do Partido Liberal Democrático, Sergei Gaidukevich, que conseguiu 3,32%. A opção “Contra todos os candidatos”, contemplada nas cédulas, foi escolhida por pouco mais de 6% dos eleitores.
EFE
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