O pré-candidato do Partido Democrata às eleições norte-americanas Bernie Sanders afirmou nesta quarta-feira (22/06) que o cenário atual indica que ele não será o indicado na convenção nacional do partido em julho, na Filadélfia.
“Não parece que eu serei o indicado, então não vou determinar o alcance da convenção”, afirmou o senador de Vermont em entrevista ao canal C-Span.
Esta foi a primeira declaração pública de Sanders em que reconhece que a representante oficial do partido deverá mesmo ser Hillary, considerada virtual candidata desde sua vitória nas eleições primárias realizadas em 7 de junho na Califórnia.
O senador não suspendeu de maneira explícita sua campanha, com o argumento de que pretende pressionar Hillary Clinton para incorporar pautas mais progressistas em seu programa político.
Agência Efe
Bernie Sanders diz que seria terrível se HIllary Clinton escolhesse candidato a vice com 'raízes em Wall Street'
“Estamos negociando quase todos os dias com a equipe de [Hillary] Clinton e queremos que a secretária Clinton marque as posições mais fortes que ela puder sobre reforma no financiamento de campanha, assistência médica, educação – especialmente em nível superior, na economia, no salário mínimo”, disse.
Em 14 de junho, Sanders reuniu-se com Hillary em Washington, no que considerou como “bom encontro”.
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“O que estamos tentando fazer, que não é segredo para ninguém, é criar a plataforma mais progressista possível para refletir as necessidades de famílias trabalhadoras, estudantes e do meio ambiente, assistência médica etc”, disse o senador, que acrescentou o desejo de “transformar o Partido Democrata”.
Sanders disse também que Hillary deveria escolher como vice o “candidato mais progressista que ela puder encontrar”. Veículos da imprensa norte-americana já divulgaram informações sobre uma lista de candidatos ao posto, e a relação de nomes não inclui o senador por Vermont.
“Acredito que seria um erro terrível escolher um candidato que tenha raízes em Wall Street ou que seja apoiado por Wall Street”, acrescentou o senador.
O democrata rebateu a ideia de que seus eleitores poderiam votar em Donald Trump, após um apelo do candidato republicano nesta quarta-feira.
“Esse cara, você sabe, não deve se tornar o presidente dos Estados Unidos, e eu farei de tudo para evitar isso”, disse. “Não acredito que muitos que votariam em mim irão votar nele”.