O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, afirmou nesta quinta-feira (23/06) que o acordo final de paz com as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) será assinado no país, apesar de as negociações terem sido realizadas em Cuba.
Agência Efe
Assinatura de acordo de paz em Havana põe fim a conflito armado que durou mais de 60 anos
“O acordo final será assinado na Colômbia”, disse Santos após a assinatura do acordo histórico que põe fim ao conflito armado entre a guerrilha e as forças oficiais que já dura seis décadas na nação sul-americana.
O pacto assinado nesta quinta entre o governo colombiano e as FARC estabelece o cessar-fogo definitivo, que prevê a entrega de armas por parte das FARC, assim como garantias de segurança e de que os compromissos firmados serão referendados.
O anúncio do acordo sobre a deposição das armas e o fim do conflito havia sido feito no dia anterior (22/06) por meio de mensagens das FARC e do governo colombiano.
A cerimônia desta quinta em Havana contou com o chefe máximo das Farc, Rodrigo Londoño “Timochenko”, os presidentes Rául Castro (Cuba), Nicolás Maduro (Venezuela) e Michelle Bachelet (Chile), além do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e Borge Brende, chanceler da Noruega.
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Países como Estados Unidos, República Dominicana, El Salvador e México e organismos como a Celac também enviaram representantes.
“Hoje quero agradecer muito especialmente a Cuba, ao presidente Raúl Castro, generoso anfitrião, e à Noruega, a sua primeira-ministra [Erna Solberg] e a seu chanceler, aqui presentes, por seu papel como países mediadores. Também ao Chile, a presidente Bachelet, e à Venezuela, ao presidente Maduro, por seu desempenho como países acompanhantes”, disse Santos.
O mandatário colombiano agradeceu também o apoio dos Estados Unidos e da União Europeia durante o processo de negociação.
As conversas entre o governo da Colômbia e as FARC tiveram início oficialmente em 19 de novembro de 2012 com o objetivo de estabelecer uma paz “duradoura e estável” na Colômbia, com base em uma agenda de seis pontos. Destes, cinco já foram acordados, entre eles a luta contra o narcotráfico e a reparação às mais de sete milhões de vítimas do conflito.