Imagem Chris Kempson
Uma nova tecnologia surge para ameaçar o já frágil ganha-pão de jornalistas, repórteres e redatores: um software que produz artigos jornalísticos automaticamente, baseado em dados como tweets, relatórios e estatísticas esportivas. Segundo a revista Smithsonian, é o “admirável mundo novo do jornalismo computadorizado”.
O exemplo mais conhecido é a empresa Narrative Science, que desenvolveu um software que analisa bancos de dados e estatísticas e a partir deles escreve artigos com conselhos de investimento em ações e análises esportivas, entre outros temas. Não é a primeira vez que programadores tentam automatizar o jornalismo, mas segundo a Smithsonian, o algorismo da Narrative Science tem habilidades consideráveis, como interpretar as estatísticas de um jogo e determinar o ângulo mais adequado sob o qual escrever um resumo da partida, distinguindo entre uma vitória de lavada, virada ou uma derrota por um triz. Embora a maioria dos cerca de trinta clientes da empresa usem o serviço para redigir memorandos internos, há vários exemplos de artigos publicados em veículos estadunidenses usando o software, como nos sites Forbes.com e Big Ten Network, um canal de esportes.
Quais seriam as consequências desta tendência? Segundo o artigo, se o software se tornar bom o suficiente para rivalizar com o trabalho de redatores humanos, poderia ameaçar o jornalismo tradicional, já que o custo é muito menor: foi divulgado que um dos clientes da empresa pagou dez dólares por cada artigo de 500 palavras, bem menos do valor pago a redatores de verdade. Nós aqui da Samuel garantimos: nossa revista e nosso site são – e sempre serão – feitos por jornalistas e pesquisadores de carne e osso.
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