As autoridades egípcias decretaram neste domingo (09/10) à noite um toque de recolher no centro do Cairo, após 23 pessoas terem morrido durante enfrentamentos entre manifestantes cristãos (coptas) e forças de segurança, anunciou a televisão pública.
Os confrontos começaram na Maspero, em frente à sede da televisão estatal, no centro da cidade. A praça Abasiya, mais a leste, fica perto da principal catedral copta do Cairo. O confronto deixou 23 mortos e 174 feridos, de acordo com o último relatório do Ministério da Saúde, citado pela TV, que não precisou quantos dos mortos eram manifestantes e quantos eram militares.
Leia mais:
Mais de 70% votam a favor de mudanças na Constituição em referendo no Egito
El Baradei confirma que será candidato à presidência do Egito
Disputa pela sucessão de Mubarak no Egito envolve dois nomes da oposição
Irmandade Muçulmana anuncia desejo de criar partido político no Egito
Os militares e o futuro do Egito
Os coptas respondem por 6 a 10% da população egípcia e protestaram contra a queima de uma igreja na província de Aswan, no Alto Egito, no sul do país.
O primeiro-ministro egípcio, Essam Sharaf, convocou o comitê ministerial de urgência para analisar os intensos distúrbios, anunciou o porta-voz governamental, Mohammed Hegazi. Ele explicou que a reunião vai abordar “as causas e as consequências dos lamentáveis incidentes, além do que foi revelado pela imprensa”. Segundo ele, o chefe de governo também convocou vários ministros de seu gabinete para a reunião.
Pouco antes, Sharaf havia garantido que o episódio “não se tratava de um confronto entre muçulmanos e cristãos, mas das tentativas de semear o caos e a discórdia”.
Por meio do site de relacionamentos Facebook, Sharaf pediu aos egípcios que não respondam “aos apelos da discórdia”. “É um fogo que queimará a todos sem fazer distinções”, afirmou o chefe de governo.
Fontes de segurança informaram à Agência Efe que ao menos 17 civis e quatro militares estão entre os mortos, e que mais de 200 pessoas ficaram feridas. Os confrontos deste domingo são considerados como os mais graves no país desde as revoltas que deram fim ao regime de Hosni Mubarak, em fevereiro.
Siga o Opera Mundi no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
NULL
NULL
NULL