A economia mexicana sofreu a pior contração de um trimestre desde 1981 – quando se iniciaram as medições –, segundo informações divulgadas hoje (20) pelo Instituto Nacional de Estatística e Geografia (Inegi). O Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos, caiu 10,3% entre abril e junho deste ano, ante o mesmo período de 2008. Se comparada ao trimestre anterior, a economia teve retração de 1,12%.
De acordo com o Inegi, a contração do PIB é atribuída principalmente à queda das atividades industriais, especialmente dos segmentos de mineração, manufatura, construção, eletricidade, gás e água, com redução de 11,5%. O setor de serviços também contribuiu para o mau desempenho, com diminuição de 10,4% no segundo trimestre.
Entretanto, as atividades primárias, que incluem a agropecuária, cresceram 1,1% no período, devido à colheita da safra primavera-verão, especialmente ao maior nível de produção de cultivos como cevada, noz, feijão, limão, batata, laranja, segundo informações divulgadas pelo jornal mexicano El Universal.
No primeiro trimestre do ano, o México havia sofrido queda de 8,2%. O pior desempenho do país até então havia sido registrado no segundo trimestre de 1995, quando a economia teve contração de 9,2%.
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Economia em queda
No mês de junho, a economia mexicana, medida através do Indicador Global de Atividade Econômica (Igae), diminuiu 8,1% com relação ao mesmo período do ano passado. Porém, o número foi menor que o registrado em maio (11%) e abril (12,2%).
O Igae é um indicador preliminar que inclui diferentes setores e aponta a tendência ou direção da economia a curto prazo. O índice, porém, não abrange a totalidade das atividades que integram o PIB.
Para este ano, o Banco Central do México prevê uma contração entre 6,5% e 7,5% na economia, segundo informações da Agência EFE.
Venezuela
A economia venezuelana apresentou contração de 1% no primeiro semestre de 2009, segundo informou hoje (20) o Banco Central da Venezuela (BCV).
Já o PIB caiu 2,4% no segundo trimestre, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Segundo comunicado do BCV, entre abril e julho o setor público teve expansão de 2,7%, enquanto o privado caiu 4,1%. Ele também destaca que a queda na economia do país, quinto maior exportador mundial de petróleo bruto, “acontece depois de 22 trimestres consecutivos de crescimento e mais de um ano após o início da crise financeira global”.
O banco também informou que, nesse período, o segmento petroleiro teve contração de 4,2%, enquanto as atividades não-petroleiras caíram 1,6%, segundo indicadores oficiais.
O setor de petróleo do país cumpre as exigências de um acordo de 2008 com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que fez com que a Venezuela retirasse de sua produção 364 mil barris por dia. A produção atual é de cerca de 3 milhões de barris diários, de acordo com o Ministério da Energia e Petróleo.
O governo venezuelano também afirma ter sido prejudicado pela queda do mercado de petróleo, já que nesse âmbito se aplica uma série de medidas restritivas para importações, de acordo com informações da Agência EFE.
Outros segmentos também apresentaram queda, como a indústria de manufatura (8,5%), o comércio (6,5%), serviços de transporte (4,8%) e o setor imobiliário (2,2%). Por outro lado, a área de construção civil apresentou crescimento de 4,2%.
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