O governador do departamento (estado) colombiano de Caquetá, Luis Francisco Cuéllar, foi sequestrado nesta segunda-feira (21). Entre 20h e 22h, um grupo de homens armados invadiu a casa dele atirando, numa ação que deixou feridos e causou a morte de um policial que fazia escolta do governador. Ele já havia sido ameaçado.
O fato ocorreu em Florencia, capital do estado, entre 20h e 22h, segundo testemunhas citadas por veículos de comunicação colombianos. O grupo teria entre 15 e 18 homens, de acordo com a agência AFP.
O secretário de governo de Caquetá, Edilberto Ramón Endo, confirmou o sequestro, disse que o governador havia solicitação proteção das autoridades por causa das ameaças e acusou as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
“Aqui só quem opera são as Farc. Muito possivelmente foram eles que o levaram”, afirmou o secretário ao jornal El Tiempo. O site oficial da guerrilha está fora do ar e até a conclusão desta reportagem nenhum comunicado oficial havia sido emitido.
O presidente Alvaro Uribe disse que viajaria nesta terça para Florencia para coordenar os trabalhos de busca, juntamente com o diretor da polícia, general Oscar Naranjo. O exército e a polícia foram orientados a impedir que o governador seja levado para a zona rural, segundo o El Tiempo. O paradeiro do sequestrado é desconhecido.
Uribe também acusou as Farc. “Quem o sequestrou? Os mesmos bandidos que querem fazer da libertação dos outros sequestrados um show”, afirmou em alusão à guerrilha, que tem anunciado desde abril a libertação de dois dos 24 militares em seu poder.
O último ataque das Farc em Caquetá ocorreu dia 9 de dezembro passado. De madrugada, seis guerrilheiros atacaram o cordão de segurança que protegia as casas de 11 conselheiros municipais e do prefeito de San Vicente del Caguán, Hernán Cortés Villalba. Assim como fizeram com o governador agora, o objetivo na ocasião era levar o prefeito, segundo o presidente do conselho, Eduardo Cedeño.
Histórico
Na última quarta-feira, pelo menos 11 guerrilheiros das Farc morreram em um bombardeio da força aérea colombiana a um acampamento em Antióquia (noroeste). O fato ocorreu um dia após um ataque da guerrilha com explosivos em outra região do país, que deixou dois civis mortos e um civil e um policial feridos. No mesmo dia, as Farc e o Exército de Libertação Nacional (ELN) anunciaram que trabalham para se unir e enfrentar o governo Álvaro Uribe.
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As Farc mantêm sequestrados atualmente 24 militares e policiais, alguns
com mais de dez anos de cativeiro. A meta do grupo é trocar pelo menos
22 deles por 500 rebeldes presos, o que o presidente Uribe já afirmou
que não aceita.
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