Enquanto Brasil, Estados Unidos e outros países se reuniam no Canadá para definir os termos da ajuda para a reconstrução do Haiti, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, convocou uma reunião extraordinária da Alba (Aliança Bolivariana para as Américas) em Caracas. Anunciou o perdão da dívida do Haiti pela compra de combustível venezuelano e também uma ajuda financeira em nome do bloco regional criado por ele.
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“O Haiti não tem dívida com a Venezuela. A Venezuela tem uma dívida
histórica com essa nação, com esse povo pelo qual não sentimos
tristeza, mas admiração”, disse Chávez ao final da reunião, sem revelar
o valor da dívida perdoada, segundo a agência Efe.
Ficou decidido no encontro que os países da Alba terão um plano para “voltar a fundar” o Haiti, atingido por um forte terremoto no último dia 12. O presidente venezuelano anunciou uma doação imediata de 20 milhões de dólares para o setor de saúde e um fundo de pelo menos 100 milhões de dólares fornecidos pelos membros da organização.
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A Venezuela é a nação com economia mais forte da Alba, formada também por Cuba, Bolívia, Equador, Antígua e Barbuda, Nicarágua, Dominica e São Vicente e Granadinas. Representantes do Haiti e de outros países caribenhos comparecem à reunião na qualidade de observadores.
O plano de ajuda inclui os setores agrícola, de produção, importação e distribuição de alimentos, além de uma anistia migratória a haitianos residentes ilegalmente nas nações da organização que possuem acordos de integração. Além de fornecimento de combustível, que deverá chegar ao Haiti por meio de “estações móveis de serviço” que operarão nas próximas semanas, segundo Chávez.
Chávez, que criticou a ajuda humanitária dos Estados Unidos alegando que possui caráter de ocupação militar, avaliação feita também por outros países e diversos analistas, reivindicou respeito à soberania haitiana e pediu para que a ONU (Organização das Nações Unidas) coordene todas as operações.
Chávez também condenou a saída do Haiti de menores entregues em adoção a famílias dos EUA e da Europa e alertou que entidades de defesa dos direitos da infância defendem que “a última coisa que é preciso fazer é tirar crianças” do país sem antes esgotar a busca por seus familiares.
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