EFE
Um atentado suicida matou pelo menos 17 pessoas hoje (26) em um órgão do Ministério do Interior em Bagdá, segundo as autoridades. Na véspera, homens-bomba em veículos utilitários, ajudados em pelo menos dois casos por atiradores com silenciadores nas armas, atacaram três hotéis em Bagdá, matando pelo menos 36 pessoas. Dois dos hotéis eram usados por jornalistas e visitantes estrangeiros.
Uma fonte do Ministério do Interior disse que muitos dos mortos e feridos na explosão de terça-feira eram policiais. Há cerca de 80 feridos, segundo essa fonte. Um militante teria detonado os explosivos dentro de um veículo em frente a um órgão forense.
Os atentados marcam o fim de sete semanas de tréguas nos grandes ataques contra órgãos públicos e outros alvos supostamente seguros, o que aumenta a tensão com vistas à eleição parlamentar de 7 de março.
Os ataques representam um golpe também para o primeiro-ministro Nuri Al Maliki, que busca um segundo mandato, e para outros políticos que fazem campanha alardeando melhorias na segurança nos últimos dois anos.
O general Qassim Al Moussawi, porta-voz das operações de segurança em Bagdá, disse que o atentado de terça-feira deixou nove mortos e 68 feridos. Uma fonte do Ministério da Saúde apresentou as mesmas cifras. Os números de mortos e feridos costumam variar muito depois de atentados no Iraque.
Testemunhas
Um fotógrafo da Reuters presente no local disse que o edifício atacado, cercado por restaurantes e lojas, sofreu muitos danos. “Já ouvi muitas explosões, mas nada desse jeito”, disse Hassan Al Saidi, mecânico que trabalha nos arredores. Ele afirmou ter visto pelo menos cinco veículos em chamas, e mais de 12 pessoas feridas por estilhaços de vidro.
Haider Al Jorani, parlamentar xiita sem partido, passava pelo local na hora do ataque e foi hospitalizado com um ferimento na cabeça, segundo um assessor parlamentar, que acrescentou que sua vida não corre risco.
Antes da explosão, o general Moussawi comentou os ataques da véspera anunciando reforço na segurança e a formação de uma comissão para investigar as táticas e armamentos dos militantes.
“Por estarmos em guerra, esperamos tais ataques terroristas (…). A Al Qaeda ainda é capaz de realizar tais ataques ocasionalmente onde houver fraquezas nas nossas medidas de segurança.”
O general Ray Odierno, comandante das forças dos EUA no Iraque, disse que a Al Qaeda está realizando menos ataques, mas concentrando em tentar abalar “a legitimidade do governo.”
NULL
NULL
NULL