O clima de expectativa que ronda o México não se deve apenas à 21ª Cúpula do Grupo do Rio, sediada em Cancún. Hoje (22), o Inegi (Instituto Nacional de Estatística e Geografia) divulgou que o PIB (Produto Interno Bruto) mexicano sofreu uma queda de 6,5% no ano passado.
A recessão, apesar de esperada, superou as expectativas negativas divulgadas em junho de 2009 pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e pelo Banco Mundial. Na época, as entidades estimavam que a contração seria de 5,8%, em razão da diminuição da demanda das exportações, do consumo interno e do ritmo de produção na indústria. A queda de 2009 ocorreu, sobretudo, em função da baixa de 7,3% das atividades do setor industrial e de 6,6% no de serviços.
De acordo com a imprensa local, o resultado econômico do ano completo foi o pior desde 1995, quando o país sofreu os efeitos da forte desvalorização de dezembro de 1994, no início do mandato presidencial de Ernesto Zedillo (1994-2000). Analistas lembram também do surto de gripe A, que debilitou o turismo nacional e pode ter provocado a queda de até um ponto percentual no PIB, segundo economistas. Apesar disso, o PIB do setor agropecuário mexicano subiu 1,8% – ponto positivo de um 2009 inconstante.
Entre outubro e dezembro do ano passado, a economia do país cresceu 2,03% com relação ao trimestre anterior (julho-setembro), liderada pela retomada da produção industrial e da demanda nos Estados Unidos pelas exportações do México. O aumento no índice consolidaria a saída da recessão, mas o último trimestre do ano registrou contração de 2,3% em relação ao mesmo período de 2008.
Na semana passada, por sua vez, o Ministério de Finanças elevou sua estimativa de crescimento do PIB para 2010. Em razão dos melhores resultados mostrados pela demanda externa, agora acredita-se que o país possa atingir crescimento de 3,9% sobre o mesmo período no ano passado, 0,9 ponto a mais do que na previsão anterior.
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