O Hamas, grupo que governa a Faixa de Gaza, demonstrou disposição em aceitar a presença de inspetores da União Europeia no litoral do território palestino e na fronteira com o Egito. “O Hamas estudará qualquer ideia que acabe com o bloqueio imposto pela ocupação israelense à Faixa de Gaza, incluindo o envio de inspetores europeus para vigiar o mar de Gaza e criar um corredor marítimo seguro entre Gaza e o resto do mundo”, afirmou o porta-voz do grupo, Fawzi Barhoum, em comunicado.
O ministro de Relações Exteriores francês, Bernard Kouchner, havia feito uma proposta para que países europeus supervisionassem a chegada pelo mar de ajuda humanitária à faixa palestina. Barhoum disse que o movimento islamita “não se opõe à presença de forças internacionais (nas águas de Gaza) com a condição de que não haja interferência israelense”.
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Ele assinalou que “os palestinos devem ter soberania completa sobre suas águas” e têm direito de terem o próprio porto. Também se mostrou partidário do retorno de observadores europeus ao posto de Rafah, que entre 2005 e 2007 operou uma missão europeia de observação.
Gael Riviere, porta-voz dessa missão, assinalou à Agência Efe que a missão, para entrar em funcionamento, precisa de um acordo entre Israel e a Autoridade Nacional Palestina.
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Em 31 de maio, uma embarcação de bandeira turca foi atacada em águas internacionais quando seguia com ajuda humanitária para Gaza, na qual nove ativistas turcos foram mortos por soldados israelenses. Esse incidente aumentou a pressão internacional para permitir a chegada de ajuda ao enclave palestino.
O titular de Assuntos Exteriores espanhol, Miguel Ángel Moratinos, se mostrou favorável que o Quarteto de Oriente Médio (formado pelos EUA, UE, ONU e Rússia) tome a frente na iniciativa de levantar o bloqueio a Gaza, imposto por Israel em junho de 2006.
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