Pelo menos 187 pessoas morreram nos choques entre quirguizes e uzbeques iniciados na última sexta-feira (11/06) no sul do Quirguistão, segundo números provisórios divulgados nesta quarta-feira (16/06) pelo Ministério da Saúde do país da Ásia Central.
“Segundo os últimos dados, o número de mortos confirmados em centros médicos é de 187. Um total de 1.918 pessoas solicitou assistência médica, das quais 902 foram hospitalizadas”, assinala o relatório de Saúde citado pela agência local AKIpress.
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Os choques entre quirguizes e uzbeques começaram em Osh, a segunda maior cidade do Quirguistão, na madrugada de sexta-feira (11/06). Em seguida, os conflitos se estenderam à cidade vizinha de Jalal-Abad, apesar do estado de exceção decretado pelo Governo provisório quirguiz.
Os confrontos provocaram a fuga de milhares de cidadãos quirguizes de etnia uzbeque ao vizinho Uzbequistão.
A presidente interina do Quirguistão, Rosa Otunbayeva, admitiu na terça-feira (14/06) que o número de vítimas mortais poderia ser “muito superior” aos dados publicados pelo Ministério da Saúde, já que a tradição local é enterrar imediatamente os defuntos sem que as mortes sejam confirmadas por serviços de medicina legal.
O Quirguistão inicia nesta quarta-feira um período de luto nacional, que durará três dias, em memória das vítimas dos enfrentamentos étnicos, que segundo o Governo provisório quirguiz foram provocados por seguidores do presidente deposto Kurmanbek Bakiev, refugiado atualmente em Belarus e cuja extradição é reivindicada por Biskek.
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