Quase 90% dos senadores presentes na sessão que votará a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo na Argentina estão inscritos para discursar, adiando o desfecho para a votação polêmica, no que vem sendo considerado um “clima de incerteza”, segundo o jornal La Nación. O debate começou ao meio-dia (13h em Brasília) e, de acordo com as estimativas da imprensa e dos próprios parlamentares, não deve terminar antes da 1h da madrugada de quinta-feira (2h em Brasília).
Se for aprovado, o projeto segue para sanção da presidente Cristina Kirchner, o que pode fazer da Argentina o primeiro país da América Latina a legalizar o casamento gay.
Há 50 inscritos para subir à tribuna entre os 58 parlamentares que compareceram à sessão. Cada um terá dez minutos para expor seus argumentos contra ou a favor do projeto de lei, com exceção do relator e dos líderes de bancada, que terão meia hora cada. Ao todo, de acordo com a imprensa local, a sessão deve durar mais de dez horas.
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A primeira a discursar foi a senadora Liliana Negre de Alonso, conservadora, que exibiu um vídeo para embasar seus argumentos. Segundo o jornal argentino Clarín, a projeção incluiu detalhes dos trâmites percorridos pelo projeto até chegar ao senado. Antes de começar, porém, surpreendeu a mesa diretora, gritando “Senhor presidente, por favor, diminua a luz!”.
Celebridades em outros países também estão acompanhando a votação. De Porto Rico, o cantor Ricky Martin declarou apoio à proposta por meio de sua conta na plataforma Twitter. “Os mesmos direitos com os mesmos nomes para tod@s”, defendeu o cantor, que este ano se declarou homossexual.
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