O presidente da Bolívia, Evo Morales, rejeitou nesta quinta-feira (16/9) o informe apresentado pelo presidente norte-americano, Barack Obama, ao Congresso dos Estados Unidos, no qual a Casa Branca reitera que a nação andina “falhou” na luta contra o tráfico.
Morales defendeu as políticas implantadas por seu governo contra o tráfico de drogas e disse que o melhor a fazer seria acabar com a demanda, melhorar o controle interno dos consumidores e fechar fronteiras para evitar o ingresso de drogas vindas de outros locais.
Em seu documento, Obama recorda a erradicação de 6.341 hectares de plantações de coca em 2009, 21% a mais do que o registrado em 2008, em contraposição com este ano, com 4.744 hectares, “o que representa um aumento de 16% em relação ao mesmo período do ano anterior”.
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Embora tenha reconhecido as “conquistas importantes” e os “avanços” registrados pelos bolivianos, Obama declarou que esse país “falhou de forma demonstrável em cumprir suas obrigações nos acordos antinarcóticos internacionais durante os últimos meses”.
Para Morales, porém, o documento tem caráter e interesse político, já que, na visão dele, “os Estados Unidos não aceitam que um país chamado pequeno, como a Bolívia, cujo presidente é visto como um índio, possa começar a dignificar bolivianos e latino-americanos”.
O governo dos Estados Unidos elabora anualmente informes unilaterais sobre temas diversos, como o tráfico e os direitos humanos. Contudo, é comum que seus documentos sejam desfavoráveis a nações que não se alinham com a Casa Branca, e muito benéficos aos aliados.
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