Israel considerou “tendencioso” e “parcial” o relatório divulgado ontem pela missão de investigação do Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre o ataque, em maio passado, a uma frota que levava ajuda humanitária para a Faixa de Gaza.
“O relatório publicado [na quarta-feira (22/9)] é tendencioso e parcial, da mesma forma que é o organismo que o elaborou”, afirma o comunicado divulgado na noite desta quarta-feira (22/9) pelo Ministério das Relações Exteriores israelense.
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O ataque do Exército de Israel à frota humanitária, que tinha a missão de tentar romper o bloqueio a Gaza e que terminou com a morte de nove ativistas turcos, foi “desproporcional” e de uma “incrível e desnecessária violência”, segundo classifica o relatório elaborado pela missão da ONU.
Recebido com aprovação na Turquia, país de onde procedia a maior parte dos ativistas a bordo das embarcações, o texto insiste que “o ataque utilizou um nível inaceitável de brutalidade, uma conduta que não pode ser justificada por razões de segurança ou outras”.
Por outro lado, o Ministério das Relações Exteriores argumenta que, “como é de se esperar de um país democrático, Israel apurou os fatos relativos à frota que ia a Gaza. O painel investigador do Exército israelense, liderado pelo general Giora Eiland, finalizou seu trabalho. O Comitê Turkel, que inclui dois observadores internacionais, ainda não”.
O comunicado afirma que “em uma decisão sem precedentes, Israel aceitou fazer parte do painel de investigação criado pela Secretaria Geral da ONU, que também avalia o ocorrido”.
O documento acrescenta ainda que a abordagem militar à frota é um fato que foi “ampla e suficientemente investigado” e, portanto, “todo tratamento que se faça da questão é supérfluo e improdutivo”.
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