O guerrilheiro chefe das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) Víctor Julio Suárez Rojas, conhecido como Mono Jojoy ou Jorge Briceño Suarez, foi morto em La Macarena, na Colômbia. As informações foram divulgadas pela imprensa colombiana nesta quinta-feira (23/9) e confirmadas pelo ministro de Interior da Colômbia, Germán Vargas.
A operação em que o guerrilheiro foi capturado e morto foi realizada pela Força Aérea Colombiana. Mono Jojoy entrou para a guerrilha como um combatente raso, em 1975, e depois se tornou um dos mais importantes.
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Segundo o site da emissora local Rádio Caracol, na operação em La Macarena, durante a madrugada, foram lançadas bombas de 17 aviões no local onde Mono Jojoy estava. Horas depois, o corpo do chefe e de mais 20 guerrilheiros foram encontrados.
O governo colombiano o considerava um dos mais perigosos e violentos e, por isso, era um dos mais procurados. Em 2009, Juan Manuel Santos, então ministro da Defesa do governo de Álvaro Uribe, chegou a oferecer uma recompensa de 2,7 milhões de dólares para quem ajudasse a capturá-lo.
Na manhã de hoje, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, mandou uma mensagem pelo
celular afirmando que o guerrilheiro havia efetivamente sido abatido no
departamento de Meta, segundo a agência de notícias Ansa.
Depois, concedeu uma entrevista à emissora colombiana TV Caracol na qual afirmou que a operação foi o golpe mais duro nas FARC.
Efe
Mono Jojoy era membro das FARC havia 35 anos
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Para Juan Manuel Santos, morte de Mono Jojoy foi o golpe mais duro nas FARC
O guerrilheiro foi considerado responsável pelo sequestro de importantes políticos colombianos, como as ex-candidatas à presidência do país, Clara Rojas e Ingrid Betancourt. Sobre Mono Jojoy existiam pelo menos 62 ordens de prisão, 5 condenações, 2 pedidos de extradição e 25 investigações por crimes de “narcotráfico, terrorismo, rebelião, homicídio com fins terroristas, sequestro, constrangimento ilegal, lesões pessoais, assalto, conspiração, furto e porte ilegal de arma”, segundo informações divulgadas pela CIA.
A morte de Jojoy é a primeira baixa importante feita pelas Forças Armadas colombianas desde 2008, quando morreram os líderes Raúl Reyes e de Manuel Marulanda.
El Tiempo/Efe
Foto cedida pelo jornal colombiano El Tiempo mostra Mono Jojoy na selva
Ontem, o presidente afirmou que as ações militares contra as FARC continuariam, e insistiu que a única condição de diálogo seria o fim de “atos terroristas”. No mesmo dia, a guerrilha havia dito que estava aberta a conversas desde que estas não impusessem “condições prévias”.
No domingo passado, o Exército realizou um bombardeio perto da fronteira com o Equador, deixando mais de 20 rebeldes mortos, segundo dados oficiais. A ofensiva ocorreu depois que mais de 40 agentes policiais e militares foram assassinados recentemente por membros das FARC e também do ELN (Exército de Libertação Nacional).
*Reportagem atualizada às 11h50.
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