A prefeitura de Moscou anunciou uma série de medidas na tentativa de conter o avanço de casos do novo coronavírus e determinou o fechamento das escolas a partir desta segunda-feira (05/10). A regra vale por duas semanas e estende as férias do período que, normalmente, era de uma semana.
Segundo o ministro da Educação russo, Viktor Basyuk, em entrevista à Interfax, o ensino à distância deve ser adotado tanto em Moscou como nas regiões de Ulianovsk e Sacalina, mas ele não precisou uma data para a implantação do modelo.
Além de afetar estudantes, as novas regras determinam que as empresas tenham, no mínimo, 30% de seus funcionários trabalhando de maneira remota e que todas as pessoas acima dos 65 anos devem trabalhar de casa.
O jornal Vodomosti ainda afirma que a prefeitura local está estudando um novo lockdown para a capital se a situação não melhorar nestas duas semanas. “A prefeitura está agora em uma situação difícil porque precisa encontrar os argumentos justos para explicar porque o coronavírus voltou e pede uma série de restrições. É particularmente importante fazer as pessoas entenderem o que está acontecendo para não por fim a essa empreitada”, disse um funcionário do governo local ao jornal.
Moscow Government
Nas últimas 24 horas, a Rússia registrou 10.888 novos infectados pelo novo coronavírus, o número mais alto desde 12 de maio
Porém, após a publicação, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, descartou a possibilidade de um novo lockdown “nem no país, nem em Moscou”.
“Não ouvi nada disso, mas vocês sabem que o crescente número de pessoas infectadas é um motivo bastante sério para preparar-se e sermos mais cautelosos nas nossas ações cotidianas. Isso deve ser feito por cada um de nós. Agora, sobre um novo isolamento, eu não ouvi tais discussões”, disse aos jornalistas.
Nas últimas 24 horas, a Rússia registrou 10.888 novos infectados pelo novo coronavírus, o número mais alto desde 12 de maio. Em Moscou, no mesmo período, foram 3.537 novos diagnósticos – contra 3.327 no dia anterior.
Assim como ocorre em outros países próximos, o país vem registrando uma segunda onda de casos que, apesar de menos letal que a primeira, preocupada pela quantidade de novas infecções.
(*) Com Ansa