O governo da Bolívia anunciou nesta quinta-feira (01/04) o fechamento da fronteira com o Brasil durante o prazo de sete dias para conter a variante brasileira do novo coronavírus.
Segundo o presidente boliviano Luis Arce, a decisão serve como uma “medida de proteção” à população que vive na região fronteiriça.
“Como parte das medidas de proteção à população, instruímos o fechamento temporário das fronteiras com o Brasil por sete dias. Os Ministérios da Saúde, do Governo e das Relações Exteriores providenciarão o fechamento temporário de outros pontos, com base na situação epidemiológica”, disse Arce.
De acordo com o ministro da Saúde boliviano, Jeyson Auza, a medida passa a valer a partir da meia-noite de sexta-feira (02/04). Ainda segundo Auza, será permitido a passagem pelos postos de fronteira com o Brasil por um determinado período de tempo apenas com fins comerciais.
“Também devemos estabelecer que, conhecendo as características das populações que vivem na fronteira, não se pode tomar medidas que prejudiquem a economia, portanto, enquanto durar esse fechamento das fronteiras, está autorizado que exista diariamente trânsito fronteiriço pelo período de três horas”, disse.
ABI
Segundo o presidente boliviano Luis Arce, decisão serve como uma "medida de proteção" à população que vive na região fronteiriça
O vice-ministro de Comércio Exterior, Benjamín Blanco, também comentou sobre os impactos econômicos das restrições e garantiu que o fechamento de fronteiras não afetará a dinâmica comercial da população local.
“A população fronteiriça é uma população só, mesmo que esteja dividida por uma fronteira. Deve ser considerada como única porque praticamente parte das famílias vivem de um lado da fronteira e a outra parte, do outro lado, é uma realidade muito singular”, disse.
Blanco também afirmou que todos os veículos que cruzarem os postos fronteiriços nesse período “devem cumprir com protocolos internacionais”.
“É obrigatório que o motorista faça um teste PCR, assim como os ajudantes. Em alguns casos, de deve higienizar a mercadoria que transportam, dependendo do tipo”, afirmou o vice-ministro.