Texto atualizado às 11h09
A Nigéria voltou atrás nesta quarta-feira (01/12) e negou que tenha detectado um caso da variante ômicron em uma amostra coletada em outubro, semanas antes de a África do Sul alertar o mundo sobre a mutação na semana passada.
A informação havia sido dada pelo Centro de Controle de Doenças (CDC) nigeriano, vinculado ao governo. No entanto, pouco tempo depois, o CDC disse ter se equivocado e afirmou que as amostras que continham a variante ômicron haviam sido colhidas no final de novembro, de dois viajantes provenientes da África do Sul.
Os casos identificados em outubro, disse o governo, eram da variante delta.
A Nigéria, o país mais populoso da África, é o primeiro na África Ocidental a detectar a ômicron desde que cientistas sul-africanos anunciaram sua descoberta, e se junta a uma lista de cerca de vinte países em todos os continentes que também a encontraram.
O CDC acrescentou que detectou dois casos da ômicron entre viajantes que chegaram da África do Sul na semana passada.
“O sequenciamento retrospectivo de casos de coronavírus previamente confirmados entre os viajantes que chegam à Nigéria também identificou a variante ômicron entre as amostras coletadas em 21 de outubro”, disse o diretor-geral do CDC, Ifedayo Adetifa, informou a agência de notícias DPA.
A Nigéria, com uma população de 206 milhões, também notificou 105 novos casos hoje e uma morte nas últimas 24 horas, elevando o número de casos desde a crise de saúde para 213.219 e o número total de mortes para 2.977.
A detecção da variante ômicron coincidiu com a entrada em vigor da obrigação de todos os funcionários da administração pública serem vacinados contra o coronavírus ou apresentarem teste negativo ao covid-19 feito nas 72 horas anteriores.
Governos ao redor do mundo impuseram restrições de viagens devido à preocupação gerada pela variante.
Dami Akinbode/Unsplash
Lagos, na Nigéria: país registra dois casos da variante ômicron