Ao contrário do que foi cogitado mais cedo, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou, nesta sexta-feira (30/12), que não vai expulsar nenhum diplomata norte-americano do país em retaliação às sanções impostas pelos EUA à Rússia. Nesta quinta, o presidente Barack Obama anunciou a expulsão do país de 35 diplomatas e anunciou sanções a nove entidades ou pessoas da Rússia, incluindo serviços secretos, em resposta a uma suposta interferência nas eleições presidenciais de novembro.
O ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, havia sugerido que 35 diplomatas norte-americanos fossem expulsos do país em retaliação: “Não podemos deixar tais medidas sem uma resposta”, afirmou. “A reciprocidade é a lei da diplomacia e das relações internacionais”, justificou em comentários divulgados pela mídia estatal russa nesta manhã.
Putin, no entanto, avaliou que a decisão de Obama foi tomada com o objetivo de provocar uma reação russa, mas o país euroasiático não vai morder a isca. “Nós nos reservamos o direito de retaliação, mas nós não vamos nos afundar nesse nível de diplomacia de ‘cozinha’. Nós tomaremos medidas para restaurar as relações russo-americanas baseados na política que a administração do presidente eleito Donald Trump adotar”, afirmou Putin em um comunicado publicado pelo Kremlin.
Agência Efe
Obama e Putin em encontro na Cúpula do G-20, realizada em 2012 no México
“Não proibiremos as famílias e as crianças de passar as férias de Ano Novo nos locais onde estão habituados. Além disso, eu convido os filhos de todos os diplomatas norte-americanos credenciados na Rússia a participarem das festividades de fim de ano no Kremlin”, diz Putin no texto divulgado nesta sexta.
Putin também lamentou a forma como Obama deixa a Casa Branca e saudou o presidente eleito Donald Trump, bem como todos os cidadãos do país norte-americano.