Milhares de norte-americanos voltaram às ruas na noite desta segunda-feira (01/06) pela sétima vez consecutiva para protestar contra o assassinato de George Floyd, cidadão negro que foi asfixiado por um policial branco em Minneapolis.
Nem os toques de recolher impostos por prefeitos como o de Nova York e São Francisco, nem as ameaças do presidente Donald Trump de que enviaria as Forças Armadas impediu que as manifestações ocorressem em diversos estados, desde a capital Washington DC até à costa oeste em cidades como Los Angeles e Oakland.
Em Nova York, manifestantes marcharam por diversos bairros ao longo da madrugada desta terça-feira (02/06). Foi registrada uma invasão na loja de departamento Macy’s, que já fora condenada em um processo por racismo contra clientes negros.
Na Filadélfia, a polícia utilizou bombas de gás lacrimogêneo para reprimir os manifestantes. Já em Dallas, no Texas, vários cidadãos foram presos enquanto marchavam pela ponte Magaret Hunt Hill.
Em Minneapolis, o irmão de Floyd visitou o memorial feito em homenagem ao norte-americano de 46 anos.
Flickr
Desde o dia 25 de maio, quando George Floyd foi morto, pelo menos 140 cidades já registraram atos antirracistas
‘Terrorismo doméstico’
Em pronunciamento na Casa Branca na noite desta segunda, Trump afirmou que autorizou o envio de “milhares de tropas altamente armadas” do Exército norte-americano para reprimir os protestos.
O mandatário ainda classificou as manifestações como “terrorismo doméstico” e ameaçou os governadores e prefeitos que não aceitarem disponibilizar tropas da Guarda Nacional para reprimir os protestos.
“Se a cidade ou o estado se recusar a tomar as medidas necessárias para defender a vida e a propriedade de seus residentes, então eu enviarei os militares e rapidamente irei resolver o problema por eles”, afirmou.
Trump ainda afirmou que não permitirá “que uma máfia raivosa domine os protestos”. “Esses são atos de terrorismo doméstico. O derramamento de sangue é uma ofensa contra a humanidade e contra deus”, disse.