O governo da República Democrática do Congo, através do porta-voz Sylvain Ekenge, relatou neste domingo (19/05) que as forças leais ao presidente Félix Tshisekedi evitaram uma “tentativa de golpe militar”.
A ação aconteceu na manhã deste mesmo domingo e, segundo as autoridades congolesas, teria sido planejada e executada por grupos ligados ao Partido Congolês Unido, e organizado pelo fundador da legenda, o ex-líder militar Christian Malanga, que vivia há anos nos Estados Unidos, mas que teria regressado dias atrás para liderar essa ofensiva.
“As Forças Armadas do Congo capturaram todos os agressores, e mantém a situação está controlada. Apelamos à população para que continue livremente as suas atividades”, declarou o porta-voz Ekenge.
O governo admitiu que a tentativa de golpe foi impulsionada por grupos de dentro das mesmas Forças Armadas que são leais ao líder opositor Malanga. Porém, segundo o porta-voz, “todos foram nocauteados, inclusive seu líder”.
Em uma transmissão pelas redes sociais, Malanga mostrou como ele e um grupo de seguidores militares tentaram invadir o Palácio da Nação, sede do Executivo congolês.
As imagens mostram alguns soldados portando no braço bandeiras do Zaire, antigo nome do país e metralhadoras AK-47, e gritavam a consigna “Félix fora”. Alguns também exibiam a bandeira dos Estados Unidos no peito.
A atual República Democrática do Congo manteve o nome de República do Zaire entre os 1971 e 1997, durante a ditadura do general Mobutu Sesse Seko.
Na segunda metade dos Anos 90, o país viveu uma guerra civil que terminou com a vitória da Aliança das Forças Democráticas pela Liberação do Congo (ADFLC, por sua sigla em francês), que levou à queda do regime e do ditador Mobutu.
Em 1998, já com o novo regime instalado, abandonou-se o nome de Zaire e foi adotado o que se utiliza até hoje: República Democrática do Congo.