À medida que as operações militares se intensificam na Faixa de Gaza, o exército de Israel ordenou, neste domingo (28/01), que os residentes de Khan Younis, cidade localizada no sul do enclave, abandonassem suas casas
De acordo com a emissora catari Al Jazeera, o porta-voz do exército de Tel Aviv, Avichay Adraee, alertou que os palestinos situados nos bairros de Nassr e al-Amal, incluindo os abrigados em campo de refugiados da área, além dos que estão no centro da cidade, devem sair “imediatamente”.
A força aérea israelense também confirmou que tem conduzido “combates intensos” em Khan Younis. Inclusive, diversos ataques pela região foram operados de sábado para domingo.
De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, nas últimas 24 horas, 165 palestinos foram mortos e outros 290 ficaram feridos.
Twitter/State of Palestine – MFA
Além de promover deslocamentos, ataques comandados por Tel Aviv desde o dia 7 de outubro deixaram mais de 26 mil mortos e 65 mil feridos
“Muitas pessoas ainda estão presas sob os escombros porque as equipes de resgate não conseguem alcançá-las”, afirmou a autoridade palestina.
Com esses novos registros, neste domingo, o número total de mortos subiu para 26.422 desde o início das operações israelenses em 7 de outubro, com mais de 65 mil pessoas feridas. Entre as principais vítimas fatais, 11 mil são crianças palestinas e 7.500 são mulheres.
Além disso, as operações de Israel em Gaza resultaram no deslocamento de 85% da população no território. As famílias deslocadas têm suas vidas cada vez mais ameaçadas, uma vez que, recentemente, por acusações israelenses contra funcionários da Agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinos (Acnur) no envolvimento da primeira ofensiva do Hamas, diversos países ocidentais decidiram suspender doações ao órgão internacional, impedindo fornecimento de ajuda humanitária aos palestinos em situação de refúgio.