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Guerra na Ucrânia

Canadá treinou batalhão neonazista na Ucrânia, aponta jornal

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Imprensa canadense investiga a relação da ajuda militar oferecida à Ucrânia com o treinamento de membros do regimento Azov

Camila Araujo

São Paulo (Brasil)
2022-05-03T18:43:00.000Z

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Integrantes do batalhão neonazista Azov receberam treinamento de militares canadenses em 2020, no centro de Zolochev, oeste da Ucrânia, segundo uma investigação realizada pela Radio-Canada, publicada no início do mês de abril.

Apesar de as Forças Armadas Canadenses (CAF, na sigla em inglês) negarem que tenham oferecido apoio a estes grupos, documentos ligados à missão chamada de "Operação Unificador e fotos tiradas no centro de treinamento mostram o contrário. Publicadas em novembro de 2020 nas redes sociais da Guarda Nacional Ucraniana, é possível ver ao menos dois soldados que usam símbolos relacionados ao regimento Azov enquanto participam de treinamentos. 

De acordo com a reportagem, por conta disso, a unidade neonazista agora se orgulha de poder treinar seus próprios soldados de acordo com os “padrões ocidentais''.

A pista inicial de que o treinamento teria acontecido foi revelada em setembro de 2021, por um grupo de pesquisadores da Universidade George Washington, nos Estados Unidos. Na ocasião, os especialistas descobriram que membros do grupo autodenominado Ordem Militar Centúria, que tem ligações com a extrema direita de Azov, estavam se gabando de terem sido treinados pelos canadenses.

No mesmo ano, uma investigação do jornal Ottawa Citizen descobriu que oficiais canadenses não apenas se reuniram e receberam instruções dos líderes do batalhão Azov em 2018, mas também não denunciaram a ideologia neonazista da unidade - a principal preocupação era de que a mídia divulgasse que a reunião havia ocorrido, aponta a reportagem. 

No entanto, oficiais e diplomatas se permitiram serem fotografados com membros do batalhão, que foi então usado online por Azov como propaganda.

Centro de Treinamento da Guarda Nacional da Ucrânia/Reprodução
Brasão do regimento Azov estampa braço do último soldado enquanto ele participa de treinamento militar com canadenses em novembro 2020

Já uma matéria da emissora CTV News, publicada em 28 de abril, informou que um porta-voz do batalhão Azov disse que os membros foram excluídos do treinamento com instrutores canadenses enquanto grupo, mas que “escreveram um programa” para cursos próprios e as forças do Canadá “foram instrutores em todas as disciplinas no centro de treinamento da Guarda Nacional da Ucrânia”. 

O veículo ainda encontrou evidências em uma rede social do líder do regimento Azov, Kyrylo Berkal, de membros treinando com instrutores canadenses. As redes sociais da Berkal apresentam símbolos nazistas e outras visões extremistas. 

Um porta-voz do Comando Canadense de Operações Conjuntas das CAFs disse em um comunicado ao CTV News que “todos os membros da Operação Unificador são instruídos a ajudar a reconhecer manchas e insígnias associadas ao extremismo de direita”.

As forças canadenses disseram ainda que tomam “todas as medidas razoáveis” para garantir que nenhum treinamento seja fornecido aos neonazistas, mas que “a Ucrânia é um país soberano”, responsável pelo recrutamento e verificação de suas próprias forças de segurança. 

O Exército canadense também destacou que a ajuda militar à Ucrânia é limitada "exclusivamente" ao Ministério da Defesa da Ucrânia. 

O governo federal do país norte-americano já gastou mais de US$ 890 milhões (mais de R$ 4 bilhões) treinando forças ucranianas desde 2014. 

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Política e Economia

Alemanha reduz imposto sobre o gás em meio a alta dos preços

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Scholz afirma que imposto sobre valor agregado cairá temporariamente de 19% para 7% a fim de 'desafogar consumidores'. Governo alemão estava sob pressão após anunciar uma sobretaxa ao consumo de gás durante o inverno

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-18T22:00:00.000Z

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O chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, anunciou nesta quinta-feira (18/08) que o governo vai reduzir temporariamente o imposto sobre valor agregado (IVA) do gás, de 19% para 7%, a fim de "desafogar os consumidores" em meio a alta dos preços.

Em coletiva de imprensa, o líder alemão disse esperar que as empresas de energia repassem a economia possibilitada pela medida de maneira proporcional aos consumidores, que usam o gás, por exemplo, para aquecer suas casas em meses mais frios.

A medida deve entrar em vigor em outubro e durar ao menos até o fim do ano que vem. A ideia é diminuir o peso de uma sobretaxa ao uso de gás anunciada pelo governo alemão no início desta semana.

Essa sobretaxa, que também entrará em vigor em outubro para residências e empresas alemãs, foi fixada em 2,4 centavos de euros por quilowatt-hora de gás utilizado durante o inverno europeu.

O anúncio levou a indústria e políticos da oposição a pressionarem o governo alemão a tomar alguma medida para suavizar o aumento dos preços.

"Com essa iniciativa, vamos desafogar os consumidores num nível muito maior do que o fardo que a sobretaxa vai criar", afirmou Scholz.

Inicialmente, o governo alemão havia dito que esperava amenizar o golpe da sobretaxa ao gás tornando somente ela isenta do IVA. Mas, para isso, Berlim precisaria do aval da União Europeia (UE), que não aprovou a ideia.

Por outro lado, o que o governo de Scholz poderia fazer sem precisar consultar Bruxelas é alterar a taxa do IVA sobre o gás em geral. E foi o que ele fez.

O gás é o meio mais popular de aquecimento de residências na Alemanha, sendo usado em quase metade dos domicílios do país.

Alemanha corre para encher reservatórios

Além de planos para diminuir o uso de energia, a Alemanha também segue tentando encher suas reservas de gás natural liquefeito antes do início do inverno.

O vice-chanceler federal e ministro da Economia e da Proteção Climática, Robert Habeck, anunciou recentemente um plano para preencher os reservatórios com 95% da capacidade até 1º de novembro.

No momento do anúncio, as reservas estavam em 65% do total e, no fim de semana passado, chegaram a 75%, duas semanas antes do previsto.

Julian Stratenschulte/dpa/picture alliance
Redução no imposto sobre o gás ocorreu após pressão da indústria e de políticos da oposição

Ainda assim, o chefe da agência federal alemã responsável por diferentes redes, como redes de trens e de gás, disse nesta quinta-feira que tem dúvidas sobre o alcance da meta.

"Não acredito que vamos atingir nossas próximas metas de reserva tão rapidamente quanto as primeiras. Em todas as projeções ficamos abaixo de uma média de 95% até 1º de novembro. A chance de isso acontecer é baixa porque alguns locais de armazenamento começaram num nível muito baixo", disse Klaus Müller ao site de notícias t-online.

Ele também alertou que os consumidores provavelmente terão que se acostumar com as pressões no mercado de gás de médio ou longo prazo.

"Não se trata de apenas um inverno, mas de pelo menos dois. E o segundo inverno [a partir do final de 2023] pode ser ainda mais difícil. Temos que economizar muito gás por pelo menos mais um ano. Para ser bem direto: serão pelo menos dois invernos de muito estresse", afirmou Müller.

Plano de contingência

Em 26 de julho, a União Europeia aprovou um plano de redução do consumo de gás, com o objetivo de armazenar o combustível para ser usado durante o inverno e diminuir a dependência da Rússia no setor energético. O plano de contingência entrou em vigor no início de agosto.

Na Alemanha, o governo segue analisando maneiras de limitar o consumo de energia, antevendo a situação para o próximo inverno.

Prédios públicos, com exceção de hospitais, por exemplo, serão aquecidos somente a 19 ºC durante os meses frios. Além disso, diversas cidades na Alemanha passaram a reduzir a iluminação noturna de monumentos históricos e prédios públicos.

Em Berlim, cerca de 200 edifícios e marcos históricos, incluindo o prédio da prefeitura, a Ópera Estatal, a Coluna da Vitória e o Palácio de Charlottenburg, começaram a passar por um processo de desligamento gradual de seus holofotes no final de julho, em um processo que levaria quatro semanas.

Hannover, no norte do país, também anunciou seu plano para reduzir o consumo de energia em 15% e se tornou a primeira grande cidade europeia a desligar a água quente em prédios públicos, o que inclui oferecer apenas chuveiros frios em piscinas e centros esportivos.

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