As principais bolsas da Ásia fecharam em queda nesta segunda-feira. A Bolsa de Xangai, na China, caiu 6,74%, para 2.667 pontos, registrando a segunda maior perda mensal em 15 anos. O resultado pressionou os demais mercados acionários do continente e enfraqueceu a disposição dos investidores em assumir riscos.
Analistas avaliam o resultado de baixa no mercado chinês no último mês ao temor de que os bancos vão desacelerar empréstimos, após um primeiro semestre de grandes concessões, e à oferta abundante de novas ações.
Os papéis do Bank of China caíram 5,9%, registrando um dos piores desempenhos dentro do indicador.
No Japão, os resultados não foram diferentes, embora o mercado financeiro tenha iniciado o dia na maior alta em 11 meses. O índice Nikei 225 Index chegou a mais de 150 pontos, após a iminente vitória do Partido Democrático (PD) nas eleições gerais. Entretanto, o pregão terminou em baixa de 0,39%, para 10.492 pontos.
O desempenho negativo foi atribuído à declaração do líder do PD, Yukio Hatoyama, de que melhorar a competitividade corporativa não seria prioridade no novo governo.
Apesar disso, algumas ações mantiveram um alto ritmo de compra e venda, especialmente aquelas do chamado portfólio DPJ – um grupo com cerca de 100 áreas que devem se beneficiar das políticas do novo governo japonês.
Os papéis da Pigeon, empresa de produtos para bebês, teve a maior alta anual devido à esperança de que Hatoyama cumpra a promessa de diminuir taxas para as famílias japonesas, buscando reverter a baixa natalidade do país. Outras ações do portfólio incluem empresas que se beneficiariam dos planos de diminuir os pedágios rodoviários – medida que deve aumentar o número de carros nas ruas do país, segundo informações do Times.
Entretanto, grandes exportadores, como a Canon e a Honda Motor, foram os que registraram as maiores perdas, caindo cerca de 3,3% e 1,8%, respectivamente, devido à valorização do iene.
Em Hong Kong, a bolsa recuou 1,86%, para 19.724 pontos, em linha com o movimento de Xangai.
Outras bolsas
As ações negociadas na Bolsa de Seul (Coreia do Sul) tiveram queda 1% e em Cingapura retrocederam 1,89%.
Na contramão, a Bolsa de Taipé (Taiwan) subiu 0,24%.
Na Europa, a maior parte das bolsas abriu em baixa, afetadas pela queda nas ações da Ásia, especialmente na China. As empresas europeias com operações no mercado chinês temem ter os lucros atingidos pela queda de quase 7% do índice Shangai Composite – relacionado ao preço diário das ações tipo A e B da Bolsa de Xangai.
Após se recuperar mais de 90% até o início de agosto, o Shangai Composite caiu 23% nas últimas semanas.
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